UGP chamada intervir para conter protestos dos taxistas em Luanda
A Unidade da Guarda Presidencial (UGP) foi orientada a intervir, no início da tarde desta segunda-feira, 28, no teatro das operações contra os manifestantes convocados pelas associações de taxistas.
Com histórico de ser uma unidade de elite, com elevado grau de treino militar e técnico, actuará em coordenação com outras forças, como as Forças Armadas Angolanas e a Polícia Nacional de forma descaracterizada, para conter os manifestantes.
Está igualmente orientada a localizar as lideranças das associações para a responsabilização criminal.
Estão também posicionados na linha da frente do Palácio Presidencial, com o objectivo de conter eventuais tentativas de infiltração por parte dos manifestantes naquele recinto presidencial.
Entretanto, João Manuel Cardoso D’El, Vice-Presidente da ANATA, foi raptado e forçado a gravar um vídeo, encontrando-se, até ao momento, em parte incerta.
Alexandre Barros, secretário-geral da A-MBAIA, teve de abandonar a sua residência e encontra-se igualmente em local desconhecido.
A subida do preço dos combustíveis em Angola — para 400 kwanzas o gasóleo e 300 kwanzas a gasolina — tem provocado a fúria de muitos angolanos, e diversos actos de protesto têm sido levados a cabo pelos cidadãos.
Depois da marcha realizada pelo movimento contestatário, seguiu-se a manifestação do Movimento dos Estudantes Angolanos e, no último sábado, deu-se nova acção do mesmo movimento.
Desta vez, foi a vez da classe dos taxistas.
A paralisação geral dos táxis provocou o colapso do transporte urbano em várias zonas de Luanda, deixando paragens como o Golf 2, Estalagem, Escongolenses, FTU e Zango sem qualquer meio de transporte.
Milhares de cidadãos madrugaram para se deslocar ao trabalho, mas não conseguiram encontrar táxis. Alguns tentaram utilizar viaturas particulares, mas foram impedidos pela população, que acusa os condutores de prestarem serviço clandestino.
A Polícia Nacional confirmou a ocorrência de actos de vandalismo em algumas artérias da cidade e recorreu ao uso de gás lacrimogéneo para dispersar as aglomerações, temendo protestos de maior dimensão. Garante ainda que estão a ser tomadas medidas para repor a ordem. Os taxistas prometem manter o protesto durante três dias, em contestação ao aumento dos combustíveis.
O Decreto

