Transportado pela viatura da Polícia à madrugada: Cidadão assassinado com três tiros no terreno da Konda Marta no Camama
Um homem, que aparenta ter 30 anos (na foto) foi executivo com três disparos de armas de fogo, na madrugada deste domingo, 14, ao lado da maquete de publicidade do projecto habitacional da empresa Konda Marta, nas proximidades do Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto, no município do Camama, em Luanda.
No espaço que dá à vista à entrada principal do Mercado do 11 de Novembro, restituído recentemente aos camponeses pelo Tribunal da Comarca de Luanda (TCL), os funcionários da empresa Konda Marta, contam terem visto à distância uma suposta patrulha da Polícia Nacional, cuja matrícula estava coberta com um cidadão a bordo da mesma”.
“Trouxeram um cidadão no interior da patrulha e foi executado às 2h00 da manhã defronte à lona da publicidade do projecto das camponesas da Empresa Konda Marta, no mesmo terreno, onde a polícia e a fiscalização do município do Camama haviam colocado carcaças de viaturas como forma de ocupação ilegal do espaço”, disse um dos funcionários falando ao Club-K.

Segundo as testemunhas, ao ser retirado do interior da viatura, o homem “gritava dizendo: não fiz nada, não fiz nada e de seguida fizeram três disparos”, que vitimaram o cidadão até ao momento a identidade não foi revelada.
O Presidente do Conselho de Administração da empresa Konda Marta, Daniel Afonso Neto, reagindo ao facto, disse que se trata de uma “estratégia que visa incriminar a empresa Konda Marta”.
No entendimento de Daniel Neto, o local da execução “não foi escolhido ao acaso”, pois disse, “trata-se do mesmo terreno legalmente restituído pelo tribunal à Konda Marta, mas que, “de forma sistemática, vem sendo alvo de ocupações ilegais promovidas pela própria Polícia Nacional e pela fiscalização do município do Camama, que chegaram a colocar carcaças de viaturas como falsa ocupação”.
Na sua visão, “sem qualquer competência judicial para contrariar a titularidade da empresa, sectores da polícia parecem agora ter adoptado uma nova estratégia: usar o crime e o medo como ferramentas de pressão e incriminação contra a Konda Marta”, afirmou o PCA da Konda Marta, para quem “a execução diante do terreno só reforça as suspeitas de uma manobra macabra para manchar a imagem da empresa e criar um ambiente de insegurança”.
Até ao fecho desta matéria, o corpo do jovem alegadamente assassinado ainda se encontrava no local do crime, aguardando pela presença dos órgãos da Polícia Nacional, para a devida remoção do cadáver. As autoridades ainda não reagiram ao facto registado.
Com/CK

