RELATÓRIO MÉDICO CONFIRMA MORTE DO CAMPONÊS POR DISPARO DE ARMA DE FOGO

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O boletim médico do Hospital Regional de Cafunfo a que a Rádio Angola teve acesso, confirma que o cidadão João Cassule Munguenji (na foto) morreu vitima de um disparo de arma de fogo, contrariando assim as versões dos agentes da empresa privada Kadyapemba e das autoridades policiais.

Texto de Rádio Angola

O incidente, tal como noticiou a Rádio Angola, ocorreu a 22 de Abril de 2019, no sector de Cafunfo, município do Cuango, quando a vitima que em vida respondia pelo nome de João Cassule Munguenji, 38 anos foi encontrado morto com sinais de espancamentos alegadamente por elementos ligados à empresa de segurança “Kadyapemba” por este não ter dado os 100 kwanzas que era obrigado a pagar no “controlo”.

As autoridades policiais teriam esclarecido à família do malogrado de que, João Cassule Munguenji tinha sido detido na zona de garimpo e quando tentava pular da viatura, embateu contra uma pedra e acabou por falecer no local, argumento negado pelo tio da vitima, Moisés Kanhica que “não tem dúvidas de que o seu familiar foi mortalmente atingido com uma bala de arma de fogo e depois o atiraram contra uma pedra que rachou a cabeça para disfarçar o caso”.

Segundo o boletim médico, João Cassule Munguenji morreu em consequência do disparo de uma bala de fogo contra si. Tudo aconteceu quando um grupo de seis cidadãos camponeses que saía no bairro Lucola, onde pratica agricultura terá sido abordado por elementos efectos à segurança “Kadyapemba” quando os camponeses tentavam utilizar a via reservada à empresa “Sociedade Mineira do Cunago (SMC)”, instituição responsável pela exploração dos diamantes naquela parcela da Lunda-Norte.

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