Regime de João Lourenço coloca famílias pobres ao relento no Zango e Icolo/ Bengo – Jordan Muacabinza

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As demolições de residências no interior da cidade capital do país (Luanda), têm gerado insatisfação generalizada no seio das populações, facto quem vem desde o regime de José Eduardo dos Santos e, ao que parece, o seu sucessor, João Lourenço, pretender caminha caminhar nas mesmas “pegadas”.

Há anos que se tem assistido, quer na cidade capital do país, quer nas demais províncias, muitas famílias vítimas das demolições sem aviso prévio, com o propósito de vender os terrenos aos empresários, deixando milhares de populações sem-abrigo, um comportamento que de resto viola a Carta Africana dos Direitos dos Povos e dos Homens e as outras convenções internacionais em que Angola é signatária.

O Estado naturalmente perante o seu povo, não pode ser irracional, porque o Estado foi criado pelo povo, e não Estado quem criou o povo, quando o Estado pensa dessa maneira, esse Estado é completamente irracional com comportamento ditatorial, não se admite que o povo (dono) da terra possa sofrer dentro do seu próprio país, isto é cruel, senhor Presidente da República.

Portanto, demolir casas de pacatos cidadãos não melhor o que está bem, mas sim, pior o que estava bem.

Entretanto, estamos a escassos meses para a realização das eleições gerais no país, os mesmos eleitores que o seu partido MPLA precisa para o voto, são os mesmos que sofrem com as demolições das suas residências e, diante disso, onde eles poderão viver?

O facto mais recente ocorreu com as populações do bairro Santa Paciência, próximo à centralidade do Zango5 e as do perímetro do novo aeroporto internacional de Luanda, onde centenas de casas e famílias ficaram sem-abrigo.

Os angolanos andam insatisfeitos devido ao vosso método, muitas destas vítimas de acções “macabras” de são idos de 70 e 80 anos, que deram a sua vida em prol do país, desde a luta de libertação colonial bem como durante a guerra civil que o país viveu durante várias décadas.

As máquinas entraram no terreno por volta das 4 horas, e os moradores dizem terem sido surpreendidos por homens fardados de FAA e Polícia, acompanhados de outros trajados a paisana e coletes reflectores e que fizeram muitos tiros e agrediram pessoas.

O presidente da comissão de moradores disse mesmo que houve uma conversa sobre indemnizações já quando decorriam as demolições, mas é uma promessa feita por um oficial no terreno. Sendo que não houve nenhuma conversa com as entidades civis, administradores ou governadora provincial.

Curiosamente, a única estrutura que não foi deitada a baixo no km 38, é uma escola construída pelo Estado, onde estudam as crianças das casas partidas. Contudo, a pergunta que não se cala é, em que parte do país ou da cidade de Luanda poderão ficar  proletários das residências destruídas no Zango e Icolo e Bengo, senhor Presidente!

Radio Angola

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