PRS em Luanda considera crítica condição social das famílias angolanas
O secretário provincial do Partido de Renovação Social RS em Luanda manifesta o seu desalento pelo agravamento da condição social e económica da maioria dos angolanos, por alegada incompetência governativa do MPLA, partido no poder há 49 anos.
Os pronunciamentos foram feitos durante o acto provincial da celebração do 34º aniversário do PRS, que se assinala nesta segunda-feira, 18, no complexo do partido no Kapalanga, em Viana.
No seu discurso, Novais Samongole assinalou que os angolanos enfrentam a cada dia que passa momentos críticos, devido a extrema pobreza e miséria, que grassam a maioria das famílias.
“O país atravessa momentos críticos, o povo continua a viver na miséria mesmo com tantos recursos naturais, que Deus nos deu”, disse o político, acrescentando que “a situação social é cada vez mais precária, o desemprego é a música que mais toca no país, principalmente para a nossa juventude, que vê adiado a cada dia o sonho da casa própria”, referiu.
Segundo Novais Samongole, o governo deve criar políticas que promovem emprego para os angolanos, que fazem chegar o pão à mesa de todos”, o que para ele “não é o que acontece”. “Temos visto que um pequeno grupo a usufruir os bens do país e outros a morrerem de fome nos contentores de lixo”.
Ao celebrar os 34 anos de existência da formação política fundada por Eduardo Kuangana, a 18 de Novembro de 1990, o secretário do PRS em Luanda, entende que “a felicidade do povo angolano não se deve depositar nas promessas, que já se fazem há mais de 40 anos de governação e nada se cumpriu”.
Para Novais Samongole, “Angola é um Estado Democrático e de Direito, por isso o nepotismo e a intolerância política devem se pôr fim, e isto é trabalho de todos nós, pois somos de renovação social, que devemos levar a mensagem a todos os cidadãos sobre o nosso objetivo”, afirmou.
Disse ainda ser necessário alertar “o povo mais uma vez, porquanto se o partido no poder, não mudar o sistema de governação, nunca o povo angolano terá as condições básicas de vida”, tendo justificado que, “o actual sistema não corresponde os anseios da grande maioria dos angolanos, devido ao excesso de centralização de poder”, sustentou Samongole.
Recrutamento e mobilização
Quanto ao trabalho de mobilização interna, o responsável do PRS na capital do país, sublinhou no seu discurso, a necessidade de todos os militantes fazerem parte dos núcleos do partido a nível das bases, com vista ao crescimento da organização que defende o Federalismo como forma de governação.
“O recrutamento e a mobilização de novos membros deve ser um processo contínuo. Todos os militantes do partido residentes numa determinada área, independentemente da sua posição no partido, devem fazer parte do núcleo mais próximo de si”, disse.
Na orientação dada, segundo secretário do PRS, em Luanda, “os núcleos devem ser coordenados pelos militantes activos, que exercem cargos nas estruturas de bases, intermédios ou no topo”, reforçando que “os dirigentes do partido devem fazer assessoria à coordenação do núcleo para a sua dinamização”.
Novais Samongole fez saber que “os executivos municipais devem monitorar, mobilizar e recrutar novos militantes para as fileiras do partido, e fazer o controlo real dos militantes através de cartão de identificação e mapa de cadastramento”.
CK