Professora da escola “1º de Agosto” na Baía Farta clama pela restituição do salário de dois anos
Sara Massanga Tchimucuti, 37 anos, professora da Escola Secundária “1º de Agosto”, no município da Baía Farta, província de Benguela, há onze anos, reclama há seis anos pela reposição dos seus ordenados cortados pela Delegação Provincial de Educação de Benguela, de Junho de 2010 e finais de 2011, ao ser confundida como funcionária fantasma.
Oiça aqui na página da Rádio Angola a preocupação da Sara Massanga Tchimucute, professora da Escola Secundária “1º de Agosto” no município da Baía Farta, província de Benguela.
Fonte: Rádio Angola
A cidadã conta que, foi admitida na função pública como professora do segundo ciclo de ensino por via de um concurso público, tendo sido colocada na Escola Secundária “1º de Agosto”, no município da Baía Farta em Benguela. Mas, prossegue Sara Massanga Tchimucuti, em Junho de 2010 até finais de 2011, ficou sem salário, pois viu o seu nome retirado do sistema e consequentemente da folha de salário ao ser confundida como “trabalhadora fantasma”.
“Fiquei este período de dois anos sem receber nenhum salário, o meu nome foi retirado do sistema, tudo porque o Tribunal de Constas, na altura, esteve a procura de funcionários fantasma e não encontrando chegaram ao ponto de desactivarem do sistema alguns trabalhadores legais onde incluíram o meu nome”, lamenta.
A professora que lamenta à atitude dos responsáveis do Gabinete Provincial de Educação de Benguela, disse que durante os dois anos que ficou sem receber os seus ordenados (salários, subsídios e décimo terceiro), sempre cumpriu com as suas obrigações trabalhando para que “eles não tivessem motivos de não pagarem o que me é devido”.
Ao ser reenquadrada na folha de salário em 2012, isto dois anos depois, explica a professora, recebeu a garantia das autoridades locais de que os seus salários e outros subsídios que tem por direito enquanto professora da função pública seriam repostos na sua conta bancária, mas o certo é que, segundo Sara Massanga Tchimucuti, “até ao momento já são passados seis anos e não são pagos os salários de dois anos trabalhados”.
“As outras pessoas que estavam na mesma condição que a minha, o seu problema já foi resolvido e o meu não por quê?”, questiona a professora agastada com a situação.
Sara Massanga Tchimucuti afiram que já recorreu à várias intuições do Estado incluindo à Procuradoria-Geral da República (PGR) mas nada resultou. A professora desconfia existir “uma rede” dentro da Delegação Provincial de Educação de Benguela que terá se beneficiado do seu dinheiro, por isso apela a quem de direito a resolver o problema.