PR denuncia que vandalização de bens públicos e privados durante greve dos taxistas visa “tornal país ingovernavel”
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O Presidente da República, João Lourenço, apelou esta quarta-feira à preservação da independência, paz e reconciliação nacional e desencorajou qualquer acto de retaliação, na sequência das acções de vandalismo de bens públicos e privados ocorridos, na manhã de segunda-feira, 10, em Luanda.
Ao falar na abertura da reunião do Conselho de Ministros, o Chefe de Estado angolano caracterizou como um “verdadeiro acto de terror” as acções de vandalismo ocorridas segunda-feira, em Luanda.
Na manhã de segunda-feira, a capital angolana registou actos de vandalismo protagonizados por supostos membros de associações de taxistas, que iniciaram uma greve de três dias, a acção culminou com a destruição de vários bens públicos e privados.
João Lourenço afirmou que a paralisação de uma pequena parte de táxis em Luanda serviu de pretexto para aproveitamento político, com vista a criar a ira dos cidadãos utilizadores destes meios de transporte urbano.
Na sua intervenção, o Presidente João Lourenço afirmou que os “actos de rebelião” de segunda-feira apontam para a “materialização de um macabro plano de ingovernabilidade, através do fomento da vandalização de bens públicos e privados”.
Tentativa de subversão
Para o Chefe de Estado, a incitação à violência e rebelião foi uma “tentativa de subversão do poder democraticamente instituído”.
Segundo o Estadista, pelo serviço que os taxistas prestam à população, o Executivo foi além das suas reivindicações, autorizando 100 por cento de lotação máxima, quando a exigência era de 75 por cento.
O Presidente da República enalteceu a postura da Polícia Nacional, por ter agido com contenção, bem como das entidades privadas, singulares e colectivas por se comportarem como “verdadeiros patriotas, tolerantes e responsáveis”.
“Para as gerações vindouras temos a responsabilidade de preservar, para a eternidade, as (…) maiores conquistas do povo angolano, alcançadas com muito sacrifício ao longo dos tempos: a independência nacional, a paz e a reconciliação nacional”, defendeu.
Esclareceu que as forças policiais estão à altura do desafio e vão garantir a ordem e a segurança dos cidadãos, das instituições e da propriedade.
Garantia de Segurança para as eleições
Para João Lourenço, as eleições gerais terão lugar em ambiente de plena segurança para os leitores e observadores em Agosto de 2022 como estabelece a Constituição da República.
Destacou a pronta manifestação de repulsa e condenação pública da sociedade angolana, através de representantes de partidos políticos, confissões religiosas, Organizações Não- Governamentais, jornalistas e fazedores de opinião.
O Chefe de Estado deixou claro que, em Angola, a única forma possível e legítima de se disputar o poder político é por via democrática.