PORTO DE CABINDA EM ESTADO DE DEGRADAÇÃO
Os funcionários do Porto de Cabinda reclamam ao que consideram de “má gestão “do actual Conselho de Administração (CA) liderado por Samuel Sambo, que segundo os trabalhadores, nada faz para manter os equipamentos operantes para o normal funcionamento da empresa.
Texto de Rádio Angola
Segundo os trabalhadores, é visível o modo negligente como a direcção do Porto de Cabinda tem conduzido a sua gestão, sem sem valorizar os quadros e garantir boas condições de trabalho aos operadores, tão pouco o interesse na manutenção dos meios, muitos deles em estado de degradação há muitos meses.
“Está máquina (na imagem) foi adquirida pelo Ministério dos Transportes no tempo do antigo PCA, Nazaré Neto que trabalhou por algum tempo sem lucros à empresa e na actual gestão sob o comando Samuel Sambo, a máquina parou completamente por falta de pneus”, disse um dos trabalhadores que não quis se identificar.
O funcionário explica que a máquina que carece de pneus para o seu funcionamento é a porta-contentor “Konekrane” que serve para a descarga dos contentores vindos da “Ponte-Cais”, transportados por caminhonistas a fim de arrumar no parque do Porto. “Está máquina que só está a precisar de pneus incluindo outros equipamentos são recentes adquiridos na época do anterior PCA, Nazaré Neto. “Os equipamentos (novos) estão parados desde Janeiro do presente ano”.
Os trabalhadores acusam ainda a antiga direcção de ter despedido sem justa causa muitos funcionários do Porto de Cabinda. “Nazaré Neto cometeu gravíssimos erros ao longo da sua gestão, desempregou muitos trabalhadores sob o argumento de os mesmos terem desviado fundos da empresa”.
Para além do estado de degradação em que se encontram os equipamentos que permitem a descargas de mercadorias do Porto, aqueles trabalhadores em contacto com a Rádio Angola, reclamam também a falta de higiene no local de trabalho apesar da instituição manter contratos com empresa de limpezas.
“Não se entende como é possível o Porto de Cabinda que tem contrato com empresas de limpeza pagas pelo Estado, mais dentro e fora da instituição é dominada por capim e lixo?”, questionou a nossa fonte.
Dizem ainda que o Presidente do Conselho de Administração, Samuel Sumbo, a quando da sua nomeação pelo Presidente da República, João Lourenço encontrou um “posto médico” que servia para assistência médica e medicamentosa dos trabalhadores do Porto de Cabinda e que funcionava com normalidade.
“Tão logo assumiram o poder, inventaram dar cartões de seguro de saúde aos funcionários que apenas teve a duração de um mês e ficaram logo bloqueados”, disse a fonte que falou sob anonimato.
A Rádio Angola sabe que, em consequência disso, os trabalhadores com problemas de saúde enfrentam muitas dificuldades para terem assistência médica. Aqueles funcionários, incluindo os motoristas (caminhonistas que alegam auferir os salários mais baixos), dizem que os seus direitos estão supostamente a serem violados pela direcção da empresa que segundo os mesmos prefere o silêncio.
Os Trabalhadores querem que o Conselho de Administração do Porto de Cabinda valorize os seus quadros e garanta melhores condições laborais. A nossa redacção tentou sem sucesso ouvir a direcção da instituição.