Por temer sua vida militante dissidente abre novo processo contra UNITA

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O antigo secretário municipal UNITA, em Cacuaco, Domingos Pedro (na foto), moveu uma queixa crime contra o seu antigo partido por suspeitar que o maior partido na oposição o quer ver morto depois de ter aderido ao MPLA, na primeira semana de Maio.

Na participação feita as autoridades, Domingos Pedro direccionou as baterias contra a liderança do Comité Municipal da UNITA do Cacuaco, na pessoa do secretario e o seu adjunto deste, que começaram a ser já notificados, esta semana, para ir responder na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), da Procuradoria-Geral da República.

Segundo o Club-K, desde que deixou a UNITA, e a sentir-se “perseguido”, Domingos Pedro deixou a sua residência Bairro da Cerâmica, em Cacuaco mudando-se para uma pensão no município de Viana.

Domingos Pedro e um outro antigo militante Kawikh Sampaio da Costa passaram a trabalhar para um general do MPLA, José Tavares Ferreira, no programa de desgaste a imagem do líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior.

No dia 6 de Maio, o regime colocou a disposição destes dois antigos militantes, o escritório de advogados BMF (do advogado Bruce Filipe do caso CNC) para os ajudar junto do Tribunal Constitucional a impugnar o congresso de 2019 que elegeu Adalberto Costa Júnior na Presidência da UNITA, a pretexto de que o mesmo é “cidadão português”.

Há semana passada Domingos Pedro e Kawikh Sampaio da Costa convenceram o primeiro Secretário provincial de Luanda Joaquim Sebastião Francisco Bento, que lhe apresentariam 1000 militantes da UNITA, tendo sido disponibilizado a quantia de 22 milhões de dólares para a transportação, logística, e outros gastos.

A operação falhou porque o Secretario da UNITA, no Munícipio do Kilamba Kiaxi, Demetrios Kokelo Tulumba com quem Kawikh Sampaio da Costa teve as conversações para trazer os mil militantes, estava comungado com a direcção do seu partido fazendo-se passar por descontente.

Kawikh da Costa encontrou-se com Demetrios Kokelo, no estádio da cidadela, em Luanda e entregou-lhe 22 milhões de kwanzas para trazer os mil militantes desertores. Kokelo recebeu o dinheiro e apresentou a direcção do seu partido que apresentou, em conferencia de imprensa, como prova de que o MPLA estava a corromper militantes para simular deserções na UNITA.

Tendo em conta que uma equipa da TPA e TV Zimbo já se encontravam na sede do MPLA de Luanda, para fazer cobertura da chegada dos supostos mil militantes, o antigo secretario Kawikh Sampaio da Costa que viu-se traído numa armadilha optou para um plano alternativo. Da Cidadela onde se encontrava, Kawikh da Costa dirigiu-se ao mercado dos congolenses onde recrutou um grupo de jovens na sua maioria trabalhadores de uma repartição da ELISAL, e levou-os a sede do MPLA, na vila Alice apresentando-os como “desertores” da UNITA.

A falha da operação levou com que o MPLA anunciasse na sua pagina a deserção de 400 membros da UNITA, contra os números da TV Zimbo que anunciou 500, e a TPA que mencionou serem 100 pessoas.

Bento Joaquim Sebastião Francisco Bento ( que deveria receber os supostos “mil militantes” ao ser informado de que a operação de Kawikh Sampaio da Costa teria falhado, recusou receber o grupo que foi recolhido no mercado dos Congoleses delegando poderes ao seu adjunto, Nelson Lopes Funete para os recepcionar. Desconfiando de que algo de errado teria acontecido, Nelson Lopes Funete não Bento Bento) discursou muito, apenas disse iriam quer prova de que os supostos desertores estavam mesmo a sair da UNITA, para de seguida serem emitidos os seus cartões de membros do MPLA.

Do grupo que foi apresentado como desertor, Kawikh Sampaio da Costa e Domingos Pedro, eram os únicos que tinham passado ligado a UNITA.

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