Paulo de Almeida afastado do cargo de Comandante-Geral da Polícia Nacional

Paulo de Almeida já não é o Comandante-Geral da Polícia Nacional. O comissário-geral foi exonerado esta segunda-feira, 17, pelo Presidente da República, João Lourenço, que em substituição indigitou Arnaldo Manuel Carlos como comandante-geral da corporação.

Até a sua nomeação, Arnaldo Manuel Carlos exercia as funções de director-geral do Serviço de Investigação Criminal (SIC), agora promovido ao posto de comissário-geral.

Entretanto, o analista político Anselmo Kundumula diz que, as mexidas da Polícia Nacional, por si só, não resolvem os problemas da corporação, que na sua visão precisa de ser humanizada.

Para Anselmo Kundumula, a exoneração de Paulo de Almeida ao cargo de Comandante-Geral da Polícia Nacional já devia ter sido feita, pois no seu entendimento, devido a carga partidária, Paulo de Almeida sempre atiçou a polícia para a violência.

Quanto ao novo Comandante-Geral, Arnaldo Manuel Carlos, o analista político não acredita que consiga alterar o modo de actuação da Polícia Nacional.

Outras nomeações

O Comandante-em-Chefe exonerou também os comissários de Investigação Criminal António Paulo Bendje e Pedro Lufunfula, respectivamente dos cargos de director-geral adjunto do SIC e de director de Combate ao Crime Organizado do mesmo órgão.

António Paulo Bendje foi promovido ao posto policial de comissário-chefe de Investigação Criminal e nomeado director-geral do Serviço de Investigação Criminal, ao passo que o comissário de Investigação Criminal Pedro Lufunfula é novo director-geral adjunto do SIC.

Essas movimentações foram efectuadas depois de o Chefe de Estado ouvir o Conselho de Segurança Nacional, de acordo com a Casa Civil do Presidente da República.