Partido Liberal denuncia intolerância política em Luanda e considera que Angola produziu em 50 anos mais ricos que açambarcaram erário e não dignidade
O Partido Liberal (PL) constata que, do balanço que se faz sobre o meio século de existência de Angola como um país soberano e independente do jugo colonial português, em 50 anos, o país produziu apenas ricos, que para a formação liderada por Luís de Castro, “açambarcaram o erário, do que proporcionar dignidade ao povo”.
Falando em conferência de imprensa realizada neste sábado, 29 de Novembro, em Luanda, o porta-voz do Partido Liberal (PL), Higino Cambanda ser importante que nos próximos 50 anos, os governantes angolanos olhem para o desenvolvimento por formas a conferir maior dignidade ao povo, que na sua visão, tanto sobre por falta de aposta séria da actual governação no projecto nação.
“Nós nos debatemos em Angola com uma crise, nós temos, sobretudo em Luanda uma sociedade de homens e não de seres humanos, e precisamos apregoar valores para que a consciência cívica seja resgatada”, disse.
Segundo o político na oposição, “é preciso apregoar valores de moralidade, comprometimento de serviço com o bem público, e olhar para os cidadãos e amor ao próximo e não olhar apenas para o bolso, e, portanto, nós não podemos perder mais 50 anos para fazer novos-ricos”.
O porta-voz do PL, Higino Cambanda, sublinhou também que o Partido Liberal tem sido vítima nos últimos dias de intolerância política com algum sinal preocupante, dando exemplo às restrições impostas pela Administração Municipal de Cacuaco, em Luanda, com objectivo de inviabilizar um acto político na semana última.
O político denuncia ainda que um militante no município do Sambizanga viu o seu estabelecimento comercial a ser encerrado por alegada filiação partidária ao Partido Liberal.
“Agora aconteceu em Cacuaco. Tivemos também no município do Sambizanga, e alguns jornalistas estão aqui e acompanharam o sucedido, onde o partido foi inviabilizado de ter contacto directo com o administrador”, denunciou.
Durante a denúncia aos órgãos de comunicação social, Higino Cambanda, lamentou o facto de que, um dos militantes do seu partido, testemunhou encerramento do seu estabelecimento comercial “por ser militante do Partido Liberal, por tanto alguém está a ser impedido de exercer comércio por ser militante do partido, isto atenta a valores constitucional”, contou o porta-voz do PL.

