Partido Cidadania denuncia prisão ilegal de líderes de taxistas e activistas após greve de Julho

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O presidente do Partido Cidadania, Júlio Marcelino Vieira Bessa, tornou pública uma carta aberta denunciando a situação de mais de 1.500 cidadãos detidos na sequência das manifestações realizadas entre os dias 28 e 30 de julho de 2025, durante a greve nacional dos taxistas. Entre os detidos estão líderes associativos e ativistas do Movimento Revolucionário de Angola (MRA), que, segundo o partido, continuam presos de forma ilegal e arbitrária.

A carta, divulgada como parte da Iniciativa de Cidadania para o Desenvolvimento de Angola, afirma que os detidos estavam apenas a exercer direitos fundamentais garantidos pela Constituição, como liberdade de expressão, reunião e manifestação.

O documento cita nominalmente os presidentes de várias associações de taxistas, incluindo Francisco Eduardo (ATA), Leonardo Lopes (ATLA), Melo Celestino Raimundo (AB Táxi), Francisco Paciente (ANATA), entre outros, além de ativistas como Osvaldo Kaholo, Serrote José de Oliveira (General Nilas) e André Miranda, todos membros do MRA.

Segundo Vieira Bessa, foi designado um advogado para representar os detidos e solicitar às autoridades competentes que os mesmos aguardem o processo em liberdade, conforme previsto na lei. No entanto, nenhuma das diligências surtiu efeito até o momento.

“O uso da prisão preventiva sem flagrante delito ou provas concretas constitui uma violação da Lei Mãe”, afirma o líder partidário, que considera a detenção prolongada dos cidadãos como um atentado ao Estado Democrático de Direito, à paz e à segurança nacional.

Vieira Bessa apelou à sociedade civil, partidos políticos e antigos presos políticos a juntarem-se ao clamor por justiça e solidariedade, defendendo que a paz social e a esperança só serão possíveis com respeito pelos direitos humanos e pela legalidade.

A carta termina com um apelo à construção de um futuro mais justo e inclusivo, onde o exercício da cidadania não seja punido com repressão.

CK

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