“Os vícios no processo eleitoral continuam”, diz presidente da UNITA

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O líder da UNITA, Isaías Samakuva começou por considerar que foi à Washington à convite do Centro dos Estudos Estratégicos Internacionais dos Estados Unidos de América, onde participou num debate que para Samakuva, foi uma oportunidade proveitosa.

Fonte: Radio Angola

Washington: Em declarações exclusivas à Rádio Angola, o presidente do maior partido na oposição em Angola disse que abordou com os responsáveis do Centro de Estados Estratégicos Internacionais sobre a realidade de Angola, com realce ao processo eleitoral em curso em Angola cujo ponto alto será o escrutínio no dia 23 de Agosto de 2017.

“Diz-se lá na nossa terra que, no bairro morre um elefante, as conversas giram à volta do elefante morto e, neste caso, o elefante em Angola são eleições, por isso a nossa conversa girou em torno das eleições gerais onde apresentamos as nossas preocupações e as perspectivas dessas eleições”, disse Isaías Samakuva.

Quanto a transparência que se advoga no processo, o líder do “Galo Negro” avançou que a Comissão Nacional Eleitoral continua a conduzir o acto com “nuvens cinzentas” a sua volta, tendo dito que a “CNE teve que passar por cima da lei na contratação das empresas INDRA e SINFIC que vão gerir o processo eleitoral. “Foi daí que percebemos que o processo está viciado e precisa de ser corrigido”.

Nesta entrevista, o presidente do partido fundado por Jonas Savimbi classifica que “o vício continua com as suas irregularidades, fizemos a manifestação para mostrar a nossa posição, e porque as coisas continuam na mesma, os nossos protestos também vão continuar”, disse Samakuva.

À Rádio Angola, Isaías Samakuva não descartou a possibilidade de o seu partido voltar às ruas em manifestação para exigir à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) transparência na condução das eleições.

“É possível, sobretudo até, além disso estamos a ver outras situações anómalas estão para acontecer, e se assim for, haverá motivos de sobra para recorre ao povo soberanos para mostrar a insatisfação e descontentamento pela forma como o processo está a ser conduzido”, afirmou.

Realça-se que, integrou a delegação do líder máximo dos “maninhos”, o secretário dos assuntos internacionais do partido, Alcides Sakala, e o representante da UNITA nos Estados Unidos da América, Domingos Jardo Muekália.

Acompanhe aqui a entrevista completa que o presidente da UNITA, Isaías Samakuva concedeu em Washington à Rádio Angola, feita pelo jornalista Florindo Chivucute:

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