Os 600 cidadãos assassinados pelo MPLA 5 de Janeiro de 1993 também merecem certidões de óbito – Sampaio Mucanda

Compartilhe

A 5 de Janeiro de 1993, mais de 600 cidadãos foram assassinados na província do Namibe pelas autoridades governamentais, sendo que mais de 250 pessoas na cidade do Moçâmedes e outras 360 na cidade piscatória de Tômbwa por asfixia, num contentor.

Rádio Angola

O regime do MPLA enterrou os restos mortais dessas mais de 600 pessoas em valas comuns no município de Moçâmedes e do Tômbwa.

Os cidadãos em referência foram assassinados pelo do MPLA por serem dirigentes, militantes, simpatizantes e amigos da UNITA. Diante do espírito vingativo e de grande ódio do MPLA contra a UNITA, muitos inocentes também foram assassinados naquele dia…

De acordo com o jornalista da Voz da América Armando Chicoca: “Desde aquela data, as famílias das vítimas nunca puderam chorar e realizar o óbito de seus ente-queridos por ameaças das armas.”

Após o pedido de desculpas públicas do Presidente da República, João Lourenço, em nome do Estado angolano pelos acontecimentos do 27 de Maio e do conflito armado, espera-se que as autoridades governamentais locais concedam certidões de óbito às famílias das vítimas.

Ora os que jazem nestas duas valas comuns de Moçâmedes e Tômbwa devem também merecer o mesmo tratamento que os demais assassinados em todo o País concedendo às famílias das vítimas certidões de óbito.

Pergunta para reflexão: Os restos mortais dessas vítimas permanecerão em valas comuns ou realizar-se-á um funeral condigno para todos?

Moçâmedes, 31 de Maio de 2021.

Por Sampaio Mucanda

Leave a Reply