“O tempo do MPLA chegou ao fim”, afirma líder Mfuka Muzemba

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O coordenador da comissão instaladora do partido ESPERANÇA, Mfuka Muzemba, disse que os problemas sociais que as famílias angolanas enfrentam e a crise das instituições do Estado, não residem na figura do Presidente da República João Lourenço, enquanto titular do poder Executivo, mas sim no regime que suporta o poder desde Novembro de 1975.

Para o antigo líder do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), o MPLA precisa sair do poder para que se construa um país novo e diferente que satisfaça os anseios dos angolanos, pois segundo Mfuka, “o tempo do MPLA chegou ao fim”.

O ex-líder da Juventude Unida e Revolucionária de Angola (JURA), braço juvenil da UNITA, que aguarda pela legalização pelo Tribunal Constitucional (TC), acredita que vai concorrer à presidência da república nas eleições gerais de 2027, pelo que internamente as condições estão a ser criadas para que o órgão de justiça reconheça a sua formação política.

O jovem político que falava na sexta-feira, 1 de Setembro, em Luanda, com os jornalistas num encontro denominado “café com o país”, afirmou que o partido esperança não foi legalizado para que concorresse no pleito eleitoral de agosto de 2022, por alegadas “ordenas superiores”, que na visão de Nfuka Muzemba “mandam no tribunal constitucional”.

“vocês mesmos é que andam a dizer quem mandam no tribunal, então são esses que impediram a nossa legalização”, realçou Muzemba, que negou ser uma célula do partido no poder.

Assegurou que o processo de legalização poderá ser reavaliado pelo Constitucional nos próximos momentos. “Temos consciência que nos mais curto espaço de tempo seremos legalizados”, afirmou.

Na conversa com os profissionais da comunicação social, o jovem garantiu que o ESPERANÇA apresenta na sua matriz, um novo modelo de se fazer política e de governação, que segundo Nfuka Muzemba, se predispõe a realizar um conjunto de mudanças profundas, urgentes e consistentes na forma tradicional de se fazer política em angola, no sentido de garantir uma governação inclusiva, participativa e transparente.

“Uma governação que prioriza o exercício da democracia e da cidadania de uma forma plena, onde todas as opiniões têm espaço”, disse.

Considerou fundamental a igualdade de oportunidades e de acesso aos recursos do país, um factor que para ele acaba com os casos de pobreza extrema e exclusão social que se registam na sociedade angolana.

“O ESPERANÇA vai apostar numa ampla e forte concertação social com os oficiais da educação e da saúde, para concepção de reformas profundas, consistentes e necessárias dos sectores”, ressaltou.

Mfuka Muzemba entende que os problemas sociais que as famílias angolanas enfrentam e a crise das instituições do Estado, não residem na figura do Presidente João Lourenço, mas sim no regime que suporta o poder desde 1975.

Para o antigo líder do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), o MPLA precisa sair do poder para que se construa um país novo e diferente que satisfaça os anseios dos angolanos. “O tempo do MPLA chegou ao fim”.

O anúncio da criação do partido político “ESPERANÇA” foi feito no dia 24 de Junho de 2021, em Luanda, em que o antigo secretário-geral da JURA, Mfunca Muzemba tencionava concorrer às eleições gerais de Agosto de 2022 ganhas pelo MPLA.

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