“Nenhuma parte do mundo o Governo é o principal empregador”, afirma presidente do CNJ
O líder do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), disse na cidade do Huambo, ser necessário “desconstruir” a ideia segundo o qual “o governo é o principal empregador no país”.
Rádio Angola
Isaías Kalunga que falava recentemente num encontro com os responsáveis das organizações da sociedade civil sustentou que, em qualquer parte do mundo, “nem na China nem na América é o Governo empregador dos cidadãos”, pelo que, de acordo com Kalunga, “o sector empresarial privado joga um papel fundamental para a criação de postos de trabalho”.
Quanto a Feira Agro-Pecuária do Produtor Jovem (FAPPJ), cujo certame que decorreu no município da Caála, província do Huambo, “é a demonstração clara e evidente, que a juventude deve continuar a apostar na agricultura”, que ele “sempre foi a base e na indústria o factor decisivo, como dizia Agostinho Neto”, referiu.
O evento acolheu mais de 140 expositores jovens, que com os produtos do campo, puderam mostrar as suas potencialidades, fazendo fé que “é possível a nossa economia ser cada vez mais forte, se o Governo apoiar e fiscalizar as cooperativas, empreendedores e empresários jovens, que apostam em produtos feitos em Angola”, reforçou Isaías Kalunga.
O líder do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) Isaías Kalunga disse por outro lado que os jovens devem estar atentos “e não se devem deixar levar-se” com aquilo a que chama de “campanhas de desinformação da verdade”.
“Se queremos crescer, então que nos formemos e apostemos no empreendedorismo, a riqueza está na mente e não no bolso”, sublinhou o responsável juvenil.
Fundo de Apoio Social à Juventude Angolana inicia jornada de trabalhos
Em Luanda, uma comitiva do Fundo de Apoio Social à Juventude Angolana (FASJA) liderada pela coordenadora geral Telma Ndala, iniciou, no sábado, 11, uma visita de constatação sobre a implementação do projecto, no bairro Vila Flor, município de Viana.
O objectivo, segundo o Conselho Nacional da Juventude, enquadra-se no âmbito da missão do FASJA, que se reflecte em prestar auxílio às pessoas mais vulneráveis e apoiar projectos da juventude.
Na Escola comparticipada, denominada “Adão Emole”, uma iniciativa do jovem Adão Emole, que preferiu abdicar do sonho da casa própria e transformou o seu terreno numa instituição de ensino para servir a comunidade local, num modelo 75% gratuito.
A instituição escolar em causa tem sete salas de aulas, sete professores, uma funcionária de limpeza e um vigilante, e alberga mais de 150 crianças inscritas da iniciação à 6ª classe. O seu proprietário revelou que a escola “carece de muitas condições de carácter social, administrativo e financeiro”.
A directora do FASJA manifestou-se “comovida” com a situação e, depois de ter conversado com as crianças que falaram dos seus sonhos, a coordenadora do Fundo de Apoio Social aos Jovens Angolanos fez saber que este será um dos primeiros projectos a serem apoiados pela sua instituição.
Refira-se que o FASJE é uma iniciativa do CNJ e foi criado para apoiar os projectos juvenis e prestar auxílio às pessoas vulneráveis.