Moto-taxista assassinado a catanada por elementos desconhecidos nas matas de Cafunfo

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A situação de insegurança pública continua a pairar no seio da população que reside no sector diamantífero de Cafunfo, município do Cuango, na província da Lunda-Norte, uma região do país, que quase todas as semanas, surgem relatos e denuncias de assassinatos de cidadãos.

Jordan Muacabinza | Cafunfo

Na semana passada, foi encontrado morto um moto-taxista, que em vida respondia pelo nome de Sérgio Kapanga, jovem de 24 anos, que de acordo com os familiares, foi assassinado a catanada por suposto um marginal que se fez passar de um passageiro, aliciando a vítima com dez mil kwanzas, na viagem para uma das aldeias a mais 20 quilómetros do sector de Cafunfo.

Segundo os familiares, a vítima teria sido abordada por um desconhecido que solicitou os seus serviços para que levasse o mesmo até à aldeia de Tximbilungo, perto do bairro Txipanda, que dista a mais de 20 quilómetros do sector de Cafunfo, mas pelo caminho, relata a fonte, Sérgio Kapanga, viu a sua viagem interrompida no meio de um matagal onde foi assassinado com golpes de catana em toda região do corpo.

A vítima ficou desaparecida durante dez dias e na procura feita pelos familiares, foi possível encontrar o corpo nos arredores do bairro Txipulungo, já em estado de decomposição avançado.

A fonte familiar descreve que, a acção “foi protagonizada por um marginal”, cuja intenção “era simplesmente” receber a motorizada da vítima de marca LIFAN de cor vermelha, que não passava de um mês desde que foi adquirida com o objectivo de fazer serviço de moto-táxi.

“Apesar de termos feito a participação à polícia de Cafunfo sobre o desaparecimento do nosso irmão, para que as autoridades tomassem conta da situação, infelizmente ele só apareceu dez dias depois, mas já morto”, lamentou um dos familiares.

O corpo foi encontrado por um grupo de mulheres camponesas, devido ao mau cheiro que era sentido nas suas lavras.
A população de Cafunfo diz que, por falta de oportunidade de emprego, a maior parte dos jovens daquela região leste do país, sobrevive do trabalho de moto-táxi, pois, entende ser a única fonte para o sustento familiar.

“É muito absurdo o que acontece aqui em Cafunfo, são mais de controlos da polícia, mas mesmo assim os assassinatos de motoqueiros continuam”, disse à Rádio Angola um dos moto-taxistas.

“Os assassinatos continuam a ser protagonizados pelos elementos até não identificados, afinal qual tem sido trabalho das autoridades policiais, que não conseguem deter esses vampiros?”, questionou o moto-taxista Moisés Sombo.

Os moto-taxistas afirmam que se sentem ameaçados devido à falta de segurança nas vias que ligam o sector de Cafunfo à sede do município do Cuango e de Cafunfo à comuna do Luremo, rotas em que são cobradas três mil kwanzas por cada viagem.

O malogrado deixa viúva e três filhos.

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