Luanda: Detidos mais de 20 activistas pela Polícia Nacional
Mais de 20 activista da autodenominada Unidade Nacional para Total Revolução de Angola (UNTRA) foram detidos na manhã deste sábado, 22, em Luanda, quando tentavam realizar uma manifestação pacífica.
Por: Pedro Gonga
Segundo os manifestantes, os efectivos da Polícia Nacional dispersaram os activistas com disparos e lançamento de gás lacrimigéneo nas imediações do mercado do São Paulo, local da concentração da pretensa manifestação, que teria lugar no Largo da Independência, na capital do país.
Os organizadores do protesto, disseram à Rádio Angola que a manifestação visava condenar o “empobrecimento dos angolanos”, contra a “insegurança nacional”, bem como exigir a “libertação dos presos políticos”.
Segundo ainda os activistas da Unidade nacional para total revolução de Angola (UNTRA), os jovens “revús” manifestam-se igualmente contra a possibilidade de um “terceiro mandato” do Presidente da República, João Lourenço, na chefia do Estado Angolano.
Camilo Francisco, que evitou ser detido, criticou as ações dos policiais que prenderam seus companheiros: “É vergonhoso”, afirmou ao O Decreto.
Neto Fernandes, que se encontra igualmente em liberdade, pede o fim da perseguição dos cidadãos que apenas exigem um país melhor. “Estamos exaustos”, declarou.
A Polícia angolana ainda não se pronunciou sobre este comportamento inicialmente denunciado pela Amnistia Internacional.
Os jovens, que se encontram detidos na Esquadra do Ngola Mbandi, em Luanda, são: Serrote de Oliveira (coordenador geral da UNTRA), Felizardo Inácio (membro), Nelo Justo (coordenador municipal de Luanda da UNTRA), Paulo Severino (membro), Lourenço Kapango (coordenador geral para comunicação e marketing), Nicolau Sebastião (membro), Bunga Paulo (membro), Domingos Miguel (membro), Manuel Gaspar (membro), Pedro Manuel (membro).