Luanda: Administradores fazem “lobis” à Joana Lina para manutenção dos cargos
A saída de Lutero Rescova em Luanda provocou um ambiente de “alvoroço” no Comité Provincial de Luanda do MPLA, onde alguns “aliados” tentam a todo custo criar “lóbis” com vista a continuarem nas mesmas funções.
Fontes do Club-K no comité provincial dos camaradas indicam que, alguns administradores municipais e distritais estão totalmente empenhados na criação de condições para verem seus mandatos prolongados com a entrada em funções da nova governadora de Luanda, Joana Lina empossada no cargo na sexta-feira, 29.
Fontes do partido no poder, denunciam que, a gestão dos municípios foi um verdadeiro caos, uma vez que muitos administradores eram nomeados no intuito de salvaguardarem os interesses do partido, se não de outra forma não teriam oportunidades.
Apontam nomes, como de administradores do Icolo e Bengo, Miguel de Almeida Lito, Fernandes Manuel, em Viana, Nelson Funete no Kilamba-Kiaxi e Auxilio Jacob, no município de Cacuaco.
Na óptica das fontes do Club-K, esses administradores municipais tiveram uma certa protecção, mesmo não tendo condições anímicas para continuarem na gestão dos municípios. “Dentro do comité provincial temos muitos problemas”, desabafou a fonte.
Jogo político
As denuncias avançam que, muitos problemas não eram trazidos à tona, porque este grupo de administradores municipais teve o controlo dos demais militantes influentes e com o medo de retaliação, fez com que muitos sofressem calados.
Os militantes entendem que, a nova governadora de Luanda, Joana Lina deve ter muita atenção diante de muitos quadros, sobretudo “bajuladores, que estão a frente de várias administrações e quase nada desenvolveram para o bem-estar das comunidades”.
“Agora é necessário dar lugar aos verdadeiros cabos eleitorais do MPLA em Luanda”, defenderam.
“Devem ser nomeados administradores que dão prova de verdadeiros servidores do Estado”, disse a fonte, que considera que, “o partido deve resgatar os seus melhores cabos eleitorais no sentido de devolver a força que galvanizou o MPLA, em Luanda, desde os tempos idos.”