Líder da UNITA diz que pobreza e desemprego não podem definir futuro dos jovens angolanos

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O líder do maior partido na oposição, Adalberto Costa Júnior entende que a pobreza e o desemprego não podem definir o futuro dos jovens angolanos, pelo que sublinha ser necessário acções concretas para transformar a actual realidade social que a juventude enfrenta.

*Sebastião Numa

Os pronunciamentos foram feitos na sexta-feira, 24, na abertura da IIª Reunião Ordinária do Comité Nacional da JURA, braço juvenil da UNITA, no complexo Sovsmo, em Viana, que terminou neste sábado, 25.

No seu discurso, o presidente da UNITA disse que a juventude angolana merece mais do que imigração e incerteza. “Eles merecem um futuro brilhante em uma Angola próspera e justa. A migração em massa dos nossos jovens é um sinal de que algo precisa mudar”, salientou.

O líder do “Galo Negro” considerou ser a altura de se criar um ambiente onde todos possam prosperar. “Quando os jovens são forçados a migrar por falta de oportunidades, todos nós perdemos. É hora de reverter essa situação e construir um país de oportunidades”.

Na sua intervenção, Adalberto Costa Júnior considerou as eleições autárquicas como a “chance” de transformar as comunidades angolanas, pelo que apelou o “espírito de luta dos jovens”, pois entende que a “mudança começa na base”.

Salientou que “sem autarquias locais o Estado angolano está incompleto e nós precisamos lutar para a institucionalização deste direito a muito consagrado na Constituição da República de Angola”.

Para o partido fundado por Jonas Savimbi, quem governa desde 1975 na lógica centralizada, jamais haverá vontade de descentralizar o poder porque, disse Costa Júnior “estão acostumados com o centralismo, mas nós devemos continuar a lutar para descentralização do poder tal como lutamos pelo advento do multipartidarismo e vencemos a lógica do partido único venceremos essa luta pela democracia participativa”.

“Essa luta pelo Poder Local, o poder que as comunidades carecem para o desenvolvimento dos nossos bairros, dos nossos municípios, das nossas aldeias até porque as Autarquias locais ajudam a descentralizar o poder, transferindo responsabilidades e recursos do governo central para as administrações locais”.

Para a UNITA, as autarquias locais incentivam a participação activa dos cidadãos na tomada de decisões que afectam directamente as vidas de todos nòs e comunidades.

“Geralmente, Governos locais têm um conhecimento mais profundo das necessidades e prioridades de suas comunidades, permitindo uma gestão mais eficiente e eficaz dos recursos, além do mais, as Autarquias locais facilitam a fiscalização e a prestação de contas, promovendo uma administração pública mais transparente e responsável”, disse.

No seu discurso de pouco mais de 20 minutos, Adalberto Costa Júnior afirmou ainda que estar aprovado que Governos locais são mais eficientes na provisão e na manutenção de infraestrutura e serviços essenciais como saúde, educação, saneamento e transporte até porque, segundo ele, com a autonomia administrativa, as autarquias podem tomar decisões mais rápidas e adequadas às situações locais, sem depender da aprovação de autoridades centrais distantes.

“Autarquias podem simplificar processos administrativos, tornando-os mais acessíveis e menos burocráticos para os cidadãos”, reforçou.

Sustentou que as autarquias locais promovem a inclusão social, dando voz a grupos marginalizados e garantindo que todos os cidadãos tenham acesso igualitário aos recursos e oportunidades.

“Governos locais podem criar programas específicos para apoiar pequenas e médias empresas, impulsionando a economia local, a economia familiar e políticas locais eficazes podem gerar empregos e reduzir o desemprego, especialmente para os jovens”, admitiu.

Por isso, o político do maior partido na oposição instou os jovens a lutarem pela institucionalização das autarquias locais, pois para Adalberto Costa Júnior “é essencial para construir uma sociedade mais justa, participativa e eficiente”.

O líder dos “maninhos” apontou a “descentralização do poder, a maior participação cidadã, a melhor gestão de recursos e o desenvolvimento sustentável”, como alguns dos “ganhos” que poderão trazer as autarquias locais bem implementadas no país, em simultâneo e em todos os municípios.

“A participação activa dos jovens e da comunidade em geral nesse processo é fundamental para garantir que essas mudanças sejam implementadas de forma justa e eficaz, contribuindo para um futuro melhor para todos”, exortou.

Na sua intervenção, o político aconselhou os jovens a apostar na educação como base do desenvolvimento das sociedades, tendo apelado igualmente para que os mesmos possam investir na formação, sendo agentes catalisadores do processo de cidadania para formar homens.

Disse ser a hora de reverter à situação actual do país, que está na base das consequências migratórias de muitos jovens angolanos, “neste ponto elevando o espírito do activismo ser a voz daqueles que não podem falar, a força dos que não podem lutar”.

Frisou igualmente que “a luta contra a pobreza e o desemprego é a luta pelo futuro da juventude angolana. Não podemos esperar mais para agir”.

Adalberto Costa Júnior pensa que a pobreza e o desemprego não podem definir o futuro dos jovens angolanos, pelo que sublinha ser preciso que haja acções concretas para transformar essa realidade.

“Os nossos jovens merecem mais do que imigração e incerteza dos jovens. Eles merecem um futuro brilhante em uma Angola próspera e justa. A migração em massa dos nossos jovens é um sinal de que algo precisa mudar”, disse.

O presidente da UNITA considerou ser a hora de criar um ambiente onde todos possam prosperar. “Quando os jovens são forçados a migrar por falta de oportunidades, todos nós perdemos. É hora de reverter essa situação e construir um país de oportunidades”.

“Seja a voz daqueles que não podem falar, a força daqueles que não podem lutar. A juventude é o coração da revolução”, frisou, acrescentando que “o poder do jovem reside na sua capacidade de transformar indignação em acção. Levante-se e faça a diferença”, apelou.

Na ocasião, o secretário-geral da JURA, Nelito Ekuikui garantiu diante da direcção do partido do “Galo Negro” que a juventude e a organização que dirige vai cerrar fileiras em torno do seu presidente, Adalberto Costa Júnior, dando voto de confiança e protecção.

A IIª Reunião Ordinária da Juventude Unida e Revolucionária de Angola (JURA), realizadas nos dias 24 e 25 de Maio, decorreu sob o lema: “Inovar, mobilizar para vencer”.

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