Jovens angolanos sonham alto, mas as possibilidades de realização são baixas
Do primeiro emprego à habitação, passando pela formação académica e profissional, há quem pense que apesar das dificuldades é possível.
Aires Miguel e Luís Gonçalves estudantes universitários do curso de engenharia civil, acreditam que com entrega e dedicação é possível concretizar sonhos.
“Como jovem uma das minhas aspirações é concluir o ensino superior e depois ir ao mercado de trabalho. É possível basta crer ter um foco e determinação”, diz Aires Miguel,
Para Gonçalves, “está um pouquinho difícil cá com a nossa realidade contextual, mas nós não devemos nos limitar, não devemos atirar a toalha ao tapete (porque) temos grandes referências como Cristiano, pessoas que venceram e mostraram que é possível”.
Mateus António vive da atividade de mototaxi, mas sonha com um emprego e vida digna que só pode acontecer com a melhoria nas políticas públicas voltadas para a juventude.
“Na época em que estamos e como as coisas estão difíceis uma vez que o Executivo tem programas para com a juventude, que faça mais um esforço de tirar do plano e pôr em prática”, acrescenta.
Denilson Sumiz estudante de arquitetura sonha alto, mas “se calhar temos grandes desejos ter uma vida estável, um carro de última geração, empresas, mas o país onde nos encontramos na realidade não nos permite concretizar certos sonhos”.
Domingos Kuaiya, secretário executivo do Conselho Provincial da Juventude, na Huíla, vê boas intenções nos programas governamentais dirigidos aos jovens que, no entanto, pecam na sua execução.
“O Executivo tem procurado mostrar que tem vontade não só elaborar esses programas mas também a executar mas ainda nós enquanto conselho provincial da juventude achamos tem sido muito tímida a vontade na elaboração e na execução”, aponta Kuaiya.
O Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2022/2027 tem como eixos promover o bem-estar dos jovens com ações que visem a criação de emprego, habitação e formação académica e profissional.