João Lourenço pede fim de embargo de armas à República Centro Africana
O presidente de Angola João Lourenço pediu nesta quarta-feira, 23, às Nações Unidas para levantarem o embargo de armas à República Centro Africana.
Falando no Conselho de Segurança como presidente da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) Lourenço disse que o actual embargo já não é apropriada à actual situação e nega o “direito inalienável” de todos os Estados a “criar capacidade própria de se defender de ameaças internas e externas”.
Isto apesar do desempenho do governo da RCA ter sido criticado por não manter a segurança no seu país onde segundo as acusações se registam assassinatos e violações de direitos humanos.
A presença de mercenários estrangeiros russo foi alvo de criticas pela França cujo representante disse não se saber a quem respondem esses combatentes.
O presidente angolano reconheceu que a “situação de segurança na região dos Grandes Lagos, particularmente na República Centro-Africana, é caracterizada pela presença activa de grupos armados”, que se comprometeram com o acordo político de 06 de Fevereiro de 2019 para cessação das hostilidades e sublinhou ser importante “que as autoridades centro-africanas trabalhem no sentido de neutralizar as forças internas que apostam em deteriorar as boas relações com as Nações Unidas e com influentes membros do Conselho de Segurança”.
“O Governo de Angola reconhece que o apoio internacional é cada vez mais importante agora para contribuir nos esforços tendentes a garantir a paz e a estabilidade na República Centro-Africana”, disse João Lourenço
“É altura de se ajudar a República Centro-Africana a formar as suas tropas e equipar com armamento e equipamentos as Forças Armadas, para que comece a caminhar com as suas próprias pernas e esteja em condições de garantir sua própria defesa e segurança”, disse o presidente acrescentando que os grupos armados na RCA assumiram o compromisso de “abandonar a luta armada e aderir ao programa de desarmamento, desmobilização, reintegração e repatriamento”.