“João Lourenço está ignorar sofrimento do povo do bairro Canata onde nasceu” – diz população

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Águas paradas em estado de putrefacção, amontoados de lixo por tudo quanto é canto e casas inundadas em épocas de chuva, é o “cartão de visita” que apresenta o bairro de Canata, no município do Lobito, província de Benguela.

Pinto Muxima | Bocoio

Segundo os moradores, o local onde nasceu o actual Presidente da República João Lourenço, não “oferece as mínimas condições para uma vida condigna” e disseram mesmo que, com a subida de João Lourenço na governação do país, “acreditavam numa mudança do quadro”, que para os habitantes do bairro Canata “é muito lastimável”.

“Tinham a esperança de que, com a eleição de João Lourenço como Presidente de Angola, a vida da população do bairro Canata, no Lobito podia melhorar, já que ele nasceu aqui, mas infelizmente o Presidente da República está a ignorar o sofrimento deste povo”, desabafou um dos anciãos de 73 anos.

Para os moradores da Canata, no Lobito, a governação do MPLA, no poder há mais de 40 anos, “deixa cada vez mais a desejar pela negativa à população”, que segundo lamentações “nada faz para garantir o mínimo aos governados”.

“O bairro está totalmente esquecido pelas autoridades do governo, o que mais existe aqui é o lixo que produz mal cheiro, que nem já um curral dos porcos”, lamentou outra cidadã que proferiu o anonimato.

Os populares debatem-se frequentemente com a falta de energia eléctrica, água potável, saneamento básico, níveis de delinquência acentuados, desemprego e prostituição.

O jovem Jonas Mandela entende que ser “lastimável ver parte da cidade do Lobito, que é de grande importância em África sendo maltratada, sendo vítima do próprio estado Angolano”.

Na visão do também activista cívico, o “principal” responsável pela “vida precária” da população é o administrador local, a quem “aponta o dedo acusador”, uma vez que, segundo Jonas Mandela, “é o principal gestor do erário público”.

“Canata é supostamente a terra natal de João Lourenço, mas é lamentável a miséria em que o povo está votado”, disse.

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