Greve dos taxistas: Luanda sem táxi no segundo dia de paralisação
A capital angolana acordou esta terça-feira, 29, sem qualquer serviço de táxi, cumprindo assim o seu segundo dia de paralisação convocada para os dias 28, 29 e 30.
Diferente do primeiro dia, 29, em que se registou bastante violência, roubo de património público e privado, assim como três mortes, o segundo dia mostrou-se relativamente mais calmo e tranquilo nas ruas de Luanda, conforme constatou O Decreto, embora com registos de vários casos de vandalismo e pilhagens de lojas.
A subida do preço dos combustíveis em Angola — para 400 kwanzas o gasóleo e 300 kwanzas a gasolina — tem provocado a fúria de muitos angolanos, e diversos actos de protesto têm sido levados a cabo pelos cidadãos.
Depois da marcha realizada pelo movimento contestatário, seguiu-se a manifestação do Movimento dos Estudantes Angolanos e, no último sábado, deu-se nova acção do mesmo movimento.
Desta vez, é a vez da classe dos taxistas.
A paralisação geral dos táxis provocou o colapso do transporte urbano em várias zonas de Luanda, deixando paragens como o Golf 2, Estalagem, Escongolenses, FTU e Zango sem qualquer meio de transporte.
Milhares de cidadãos madrugaram para se deslocar ao trabalho, mas não conseguiram encontrar táxis. Alguns tentaram utilizar viaturas particulares, mas foram impedidos pela população, que acusa os condutores de prestarem serviço clandestino.
A Polícia Nacional confirmou a ocorrência de actos de vandalismo em algumas artérias da cidade e recorreu ao uso de gás lacrimogéneo para dispersar as aglomerações, temendo protestos de maior dimensão. Garante ainda que estão a ser tomadas medidas para repor a ordem.
O partido MPLA, UNITA e Bloco Democrático já condenaram o saque dos patrimónios públicos e privados, assim como condenaram igualmente as mortes nesta segunda-feira.
O Decreto

