Funcionários da Sonangol contestam nova política habitacional da cooperativa Cajueiro

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Um grupo de trabalhadores da Sonangol manifestou a sua indignação face à nova política habitacional implementada pela cooperativa Cajueiro, entidade criada pela petrolífera estatal para facilitar o acesso à habitação dos seus funcionários.

Os associados, muitos deles com mais de dez anos de vínculo laboral à Sonangol, acusam a cooperativa de impor condições consideradas “injustas e incomportáveis”. Entre as exigências, destaca-se a necessidade de liquidar dívidas acumuladas que, em alguns casos, ultrapassam os 10 milhões de kwanzas, como requisito para aceder à bonificação de 100 mil dólares destinada à aquisição de casa própria.

Segundo relatos recolhidos, a situação agravou-se porque muitos trabalhadores deixaram de pagar as cotas mensais após perderem a esperança na construção de novas residências. A cooperativa teria enfrentado dificuldades financeiras que atrasaram vários projetos habitacionais.

Com a aplicação da nova política, os associados devem regularizar todas as quotas em atraso, calculadas ao câmbio atual do Banco Nacional de Angola (BNA). “Uma prestação que antes equivalia a 15 mil kwanzas, hoje ultrapassa os 150 mil kwanzas”, lamentou um dos trabalhadores.

A exigência está a levar muitos funcionários a recorrer a créditos bancários ou à venda de bens pessoais para liquidar as dívidas. Entre os questionamentos levantados, destaca-se a falta de clareza sobre por que razão o montante da bonificação não é entregue diretamente aos trabalhadores, permitindo-lhes comprar uma casa no mercado.

Diversos associados afirmam já ter perdido a esperança de adquirir habitação através da cooperativa Cajueiro, subsidiária da Sonangol, apontando a medida como um entrave ao sonho da casa própria.

Fonte: Club-K

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