Friends of Angola diz que apesar do discurso reformista de João Lourenço “mantêm-se práticas de violação dos direitos humanos em Angola”

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A organização não-governamental Friends of Angola constata que, nos últimos dois anos de governação do Presidente da República João Lourenço, o Titular do Poder Executivo apresentou-se com um “discurso reformista” em diversos sectores do país, mas considera que os direitos humanos “continuam a ser violados gravemente”.

Fonte: Rádio Angola

Num comunicado enviado à redacção da Rádio Angola em alusão ao 72º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que se assinala nesta quinta-feira, 10 de Dezembro, a organização Friends of Angola (FoA), diz que a pratica mantém-se com “esbulhos de terras e demolições arbitrárias de casas de pacatos cidadãos”.

Segundo a FoA, “a grave violação dos direitos humanos em Angola” atingiu “níveis alarmantes”, com “assassinatos de cidadãos e cidadãs às mãos de supostos agentes da Polícia Nacional, raptos, agressões e mortes de manifestantes e detenções de jornalistas”.

No entendimento da Friends of Angola “estas violações” vão igualmente “a morte de cidadãos à fome e a par de outras situações preocupantes”, que de acordo com a FoA, “têm caracterizado a realidade política e social de Angola”.

“Em 1948, a Humanidade deu um passo civilizacional notável ao consagrar em sede de declaração solene os direitos que são inerentes a todas as pessoas pelo facto de serem entes humanos”, lê-se no comunicado.

A nota que temos vindo a citar acrescenta que, “neste dia, a Friends of Angola (FoA) celebra tanto o compromisso de os Estados em geral respeitarem e fazerem respeitar os Direitos Humanos como apela para um maior engajamento por parte dos mesmos na promoção da cultura dos Direitos, e por parte de Angola em particular”.

A Friends of Angola apela, no entanto ao Governo de Angola, “no sentido de que reveja a metodologia com que, a vários níveis, as autoridades actuam certificando-se de não violar os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e cidadãs, os quais estão consagrados na Constituição da República de Angola”, assinala o comunicado da direcção da FoA.

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