FALTA DE APOSTA NA EDUCAÇÃO PODE COLOCAR MAIS JOVENS FORA DO SISTEMA DE ENSINO NO PAÍS

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O desemprego, falta de oportunidades, dificuldades para formação académica, tanto ao nível do ensino médio como superior, espaços de lazer, foram os problemas destacados na “primeira tertúlia com os ministros”, realizada no princípio da tarde de hoje, 13, na galeria dos desportos, à cidadela desportiva.

Texto de Simão Hossi

A iniciativa do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) teve como convidada a secretária de Estado para a Juventude, Guilhermina Fundanga, em representação da ministra da Juventude e Desporto, Ana Paula Sacramento.

O evento contou com a participação de mais de duas dezenas de jovens, entre membros dos conselhos municipais da juventude e líderes associativos de várias organizações juvenis da capital do país, que intervieram activamente na discussão sobre as políticas gizadas pelo ministério de tutela voltadas à juventude.

Guilhermina Fundanga afirmou ser importante o diálogo aberto com os jovens sobre os problemas que afectam a todos. Tais declarações foram proferidas em reacção ao acalorado debate sobre os vários projectos do Executivo que falharam na sua gestão e implementação.

O encontro, que teve um carácter de Pré-Conselho Superior da Juventude, previsto para daqui há dois meses, colocou na mesa acções futuras que podem ajudar a salvar os jovens no abandono a que se encontram por parte do Executivo central.

Para António Francisco Tingão Mateus, presidente do CNJ, a grande preocupação está na resolução dos verdadeiros problemas dos jovens, como o emprego e inserção dos mesmos no sistema de ensino.

Questionado sobre os adolescentes e jovens que em Janeiro manifestaram-se por falta de vagas nas escolas de ensino médio, o presidente do CNJ afirmou que poucos conseguiram ingressar, pois, segundo a direcção provincial da educação, muitos continuam fora do sistema de ensino por não existir salas suficientes ao nível dos estabelecimentos em Luanda.

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