Enganado pelos advogados – Leonel da Rocha Pinto constituído arguido pela DNIAP por crime de calúnia e difamação
O político e empresário Leonel da Rocha Pinto, está envolvido em uma polémica, por meio da empresa, que representa – a Multiparques – Terminais Parqueamentos e Armazenagem, Limitada, que supostamente terá “forjado” uma Escritura de Concessão do Direito de Superfície, que apresenta carimbo a óleo e limites do terreno fora do município em que está localizado o terreno rústico.
O documento a que este portal teve acesso, assinado pelo então governador da Província de Luanda, Manuel Homem, apresenta elementos que geram desconfiança de ter sido falsificado para dar cunho jurídico a fim de conseguir a todo custo posse e uso do espaço localizado no Grafanil.
Fonte do Gabinete Jurídico do Governo Provincial de Luanda (GPL), atesta que, há anos, que os governos provinciais deixaram de usar carimbo a óleo, pois, o carimbo em uso, passou a ser o seco para as escrituras públicas, tendo igualmente contestado a data em que consta do documento, que é o ano de 2023, o que segundo apurações “dá claro indicador da suspeita levantada”.
“Quem terá forjado o documento? O Gabinete Jurídico tem noção da falha? Qual foi a intenção de o fazer? Por que razão o gabinete jurídico do governo Provincial de Luanda não investiga a sua autenticidade?”, questionou.
A disputa do terreno de mais de três hectares entre Multiparques – Terminais e Alca & Aty, Lda, locado na zona do Grafanil, município de Viana, em Luanda, surge três anos depois da empresa Alca & Aty, ter legalizado o espaço junto do Ministério das Obras Públicas Urbanismo e Habitação (MOPUH), que na altura aferiu e averiguou dos Ministério das Finanças, do Governo Provincial de Luanda, do Instituto Nacional da Habitação e, do IGCA para saber se o mesmo terreno tinha um dono.
Numa exposição enviado à redacção deste portal, a empresa Alca & Aty, realça que das buscas feitas, nenhum registo foi encontrado em nome da Empresa Multiparques -Terminais representada pelo Leonel da Rocha Pinto, que usa da sua posição de alto dirigente partido MPLA para se apropriar do espaço, daí estar a fazer influências para não comparecer e responder as notificações das autoridades.
Argumenta-se que a ligação de Leonel da Rocha Pinto, está evidenciada na Procuração Forense assinada pelo mesmo no dia 11 de Junho de 2024.
De acordo com a Procuração Forense, Leonel da Rocha Pinto, nomeou e constituiu como seus bastantes procuradores – Cristina Domingos Fernandes Seixas, advogada com cédula profissional da Ordem dos Advogados de Angola nº 3051, NIF: 000203710LA037, Laurindo André Pedro Martírio, advogado com a cédula profissional nº 4066, NIF: 103307591ME0315, Silvino Pambassangue Canguia, com cédula nº 6776, NIF: 001319484HO038 – a quem confere os poderes forenses por lei permitidos, incluindo os especiais para, em seu nome, confessar, transigir ou desistir em qualquer pleitos ou recursos, e ainda os de substabelecer.
Leonel da Rocha Pinto constituído arguido pela DNIAP por crime de difamação e calúnia
Em lutas sem glória, mesmo sob capa de influências por ser membro da cúpula máxima MPLA, segundo fontes que acompanham o processo, Leonel da Rocha Pinto, supostamente “levado em caminhos tortuosos pela sua equipa de advogados”, mesmo sem conhecer a figura que representa a empresa Alca & Aty, em documentos expedidos nos órgãos judiciais pelos seus mandatários, citam por inúmeras vezes o nome do sócio gerente da firma em referência, por este motivo, Leonel da Rocha Pinto, lhe foi movido um processo-crime, foi constituído arguido pela DNIAP, por alegada calúnia e difamação.
Com este processo, que corre os seus trâmites, e com o período da campanha eleitoral para as eleições de 2027, que se avizinham, Leonel da Rocha Pinto, que faz parte da equipa de montagem de meios de som do partido no poder para os actos de massa, pode comprometer a ligação da Multiparques-Terminais ao negócio, que tem rendido milhões kwanzas aos cofres da sua empresa.
“A equipa de advogados tem tudo para manter um bom nome, a imagem e reputação de Leonel da Rocha Pinto, uma figura que dizem ser de trato fácil, com educação construída desde o berço que raramente se envolve em polémicas”, disse um dirigente do MPLA.
Segundo apurações, o processo chegou a este nível pelo facto de os advogados de Leonel da Rocha Pinto “não terem domínio das matérias fundiárias e que como forma de garantir o pagamento dos honorários, aceleraram o processo tendo citado por diversas vezes o nome do gestor da Alca & Aty”.
A nossa redacção tentou sem sucesso ouvir a empresa Multiparques – Terminais Parqueamentos e Armazenagem, Limitada.

