Em Luanda: População diz-se preocupada com casos de malária
A falta de serviços de saúde adequados na capital do país preocupa cada vez mais os munícipes, tendo em conta a situação da pandemia que tem vindo agravar o modo de vida dos angolanos, situação agravada nos últimos dias com surtos de malária, febre tifóide e vómitos, que atinge maioritariamente crianças.
Jordan Muacabinza
Diante do cenário, os populares alertam as autoridades sanitárias, uma vez que diariamente são registados centenas de casos e muitos centros de saúde na periferia de Luanda mostram-se incapazes para atender a demanda.
Em declarações à Rádio Angola, os moradores dos bairros Vila-Flor, Golfo-2 e Estalagem informaram que as febres altas que assolam a maioria das crianças e não só, “é resultado do péssimo saneamento básico agravado com os amontoados de lixo, que fazem aumentar os mosquitos causadores da malária”.
“Muitas das crianças estão a falecer em casa, devido de ausência de postos de saúde públicos nessas comunidades, por isso, pedimos que o governo deve parar e pensar em colocar postos médicos de intervenção rápida nas comunidades e aumentar mais hospitais que poderiam receber os casos de graves vindo nessas comunidades”.
Albertina Pedro disse que no bairro Vila-Flor, “não temos nenhum hospital que possa socorrer esses casos que estamos a vivenciar nesses últimos mês de Abril e Maio do corrente ano, pois, os nossos filhos estão todos com febres altas, baixa de hemoglobina, paludismo, febre tifóide vómitos entre outras doenças, em cada casa há duas ou mais crianças doentes”.
Já, Mariana Dinis afirmou que “essas febres só estão a surpreender de noite, outros em plena luz do dia, sem dinheiro e, confiando no hospital do governo, pode vir perder seus filhos, eu vi muitas crianças a ser levadas nos postos médicos privados para serem administrados uma dose para abaixar as febres”.
Entretanto, para alguns enfermeiros ouvidos pela Rádio Angola, a maior parte dos centros de saúde e postos médicos da periferia da capital do país, registam 50 a 100 casos de malária por dia.