Em Luanda: Desentendimento entre agentes da Polícia Nacional resulta em três mortos

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Três pessoas, dos quais dois polícias, morreram e outra ficou ferida, na sequência de um desentendimento entre polícias, devido ao suposto desaparecimento de uma pistola, informou o porta-voz da polícia de Luanda.

Segundo o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, Nestor Goubel, por volta das 06:00, um polícia terá disparado contra dois colegas e um civil, tendo de seguida se suicidado.

Nestor Goubel referiu que se trata um homicídio voluntário seguido de suicídio, com a ocorrência de disparos, junto do Ministério do Interior de Angola.

“Na sequência das diligências feitas conseguimos apurar que quatro efeCtivos em serviço de guarda e guarnição no Ministério do Interior desentenderam-se em função do desaparecimento de uma arma de fogo pertencente ao agente que em vida chamou-se Agostinho Tchissolulu”, explicou.

O responsável salientou que o agente acima referido deu falta da sua pistola, no interior da sua viatura, tendo perguntado aos colegas, mas ninguém respondeu.

“Preocupado regressaram pelos caminhos que terão passado em serviço e lhes foi dito que a pistola não estava lá, já no local de serviço, no ministério, resolveram efetuar uma revista a todos, quando o agente Manuel Félix responde que a arma estava com ele e isso originou numa briga”, referiu.

Na sequência, indicou ainda Nestor Goubel, “insatisfeito por ter entregado a pistola ao proprietário, saiu em busca de uma arma de fogo, de marca Galil, e efetuou vários disparos contra o proprietário da pistola”.

“O lesado ainda foi prontamente socorrido para o hospital, e na sequência, o mesmo algoz alvejou mortalmente o agente bombeiro Flávio Neto, um terceiro, civil, transeunte, na altura ia a passar, que foi socorrido também para o hospital”, frisou.

O porta-voz da Polícia de Luanda acrescentou que o autor dos disparos “vendo a morte do colega e a dimensão da tragédia que provocara, pegou na arma e cometeu o suicídio”.

Nestor Goubel disse que são informações preliminares e que foi aberto um expediente investigativo para apurar mais elementos.

Testemunha no local

E, uma das testemunhas, que disse ser funcionário do Ministério do Interior (MININT), que terá presenciado o facto, contou que os agentes da corporação desentenderam-se dentro das instalações do MININT.

Num áudio difundido nas redes sociais, o cidadão o efectivo que se suicidou após ter matado os seus colegas, já havia feito várias disparos na instituição que atingiram dois agentes que morrem num dos hospitais da capital, tal como se pode ouvir no áudio publicado acima pela Rádio Angola.

Radio Angola

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