“Direitos humanos, são o alicerce da nossa convivência – garantem que o poder sirva o povo, e não o contrário” – Laura Macedo

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Hoje, reunimo-nos para celebrar não apenas um prémio, mas um ato de coragem coletiva — a coragem de acreditar que a democracia e os direitos humanos continuam a ser a esperança mais nobre e o caminho mais justo para o progresso do nosso país.

Nesta 3.ª Edição do Prémio Pró-Democracia e Direitos Humanos, cumpre-nos o dever de prestar uma sentida homenagem às vítimas do 28, 29 e 30 de julho de 2025 – dias de dor, mas também de resistência.

Homens, mulheres e jovens que, sendo atingidos pelas costas ficaram mutilados e outros perderam a vida durante o mesmo período em que outros simplesmente exerciam um direito fundamental: o de protestar pacificamente e sonhar com uma Angola mais justa e livre.

Lembrando Inocêncio de Matos, cuja morte não deixaremos impune; e a todos os outros que pereceram às mãos dos guardiões da ditadura; Que os seus nomes e sacrifícios não sejam esquecidos.

Eles representam o preço alto que se paga quando o Estado falha em proteger a dignidade humana e o valor da vida.

Minhas senhoras e meus senhores,

A democracia não é apenas o direito de votar – é o direito de participar, de ser ouvido, de se poder discordar sem medo.

A democracia é o espaço onde cada cidadão deve sentir-se respeitado, protegido e representado dentro dos deveres e direitos emanados pela Constituição da República.

Os direitos humanos, são o alicerce da nossa convivência: garantem que o poder sirva o povo, e não o contrário.

Hoje, ao distinguirmos pessoas e organizações que defendem a liberdade, a transparência e a justiça social, reafirmamos uma verdade simples, mas poderosa:

sem direitos humanos, não há democracia; e sem democracia, não há paz social.

Nós acreditamos que a mudança virá — não de cima para baixo, mas de dentro para fora — pela voz firme da sociedade civil, pelo trabalho dos jovens, e pela solidariedade dos que recusam o medo.

Em memória dos que partiram, lembrando os que são atirados para as cadeias e, em honra dos que continuam a lutar, comprometamo-nos hoje a não desistir de Angola — a continuar a exigir verdade, justiça e liberdade para todos.

Muito obrigado.

Viva a democracia.

Viva os direitos humanos.

Viva o povo de Angola.

Activista Laura Macedo

Radio Angola

Radio Angola aims to strengthen the capacity of civil society and promote nonviolent civic engagement in Angola and around the world. More at: http://www.friendsofangola.org

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