Directores estrangeiros da Nova Cimangola “mamam” 15 milhões de kwanzas de salário mensal

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Os directores da cimenteira “Nova Cimangola” auferem mensalmente um salário equivalente a 15 milhões de kwanzas, para além de outras “benesses” que a empresa disponibiliza.

A denúncia é dos trabalhadores que reclamam também de maus-tratos, abuso de autoridade, racismo e a extinção propositada da comissão sindical por parte da direcção da referida empresa.

Numa carta tornada pública, os mais de 500 funcionários apresentaram uma série de reclamações, incluindo a não existência há mais de dois anos de uma Comissão Sindical para defender os interesses dos trabalhadores junto da entidade patronal.

A direcção da Nova Cimangola é composta por treze administradores dos quais onze expatriados e apenas dois angolanos, que de acordo com os funcionários quase não conseguem intervir a favor da classe trabalhadora que clamam por auxílio.

Os expatriados, segundo os denunciantes, na sua maioria viajam constantemente para fora do país em busca da renovação de vistos porque foram indicados para dirigem à empresa com vistos de turistas por não terem vistos de trabalho.

Os demais directores expatriados, segundo fontes, há que trabalham a partir do estrangeiro se negando em muitas ocasiões virem a Angola, porém, orçando salários avultados acima dos cinco milhões de kwanzas, “a cada um dos administradores com direito a vários benefícios como residência, viaturas, empregados e até subsídios de 200 mil kwanzas semanais para diversão”, ressaltam.

Um dos funcionários que por medo de represálias decidiu não se identificar revelou a este portal que, os funcionários nem conseguem se candidatar ao cargo de primeiro Secretário da Comissão Sindical por medo de serem despedidos por alegadamente tentar confrontar a direção da Nova Cimangola

De acordo com os dados a que tivemos acesso por via da carta, no ano passado, a empresa produziu acima de um milhão e 100 mil toneladas de cimento, e terá exportado acima de meio milhão de toneladas de Clinker (produto essencial para o fabrico de cimento) facto que rendeu o título de maior empresa exportadora angolana fora do ramo petrolífero, pelo segundo ano consecutivo.

O Club-K solicitou o pronunciamento da direção da referida empresa face às acusações apresentadas pelos trabalhadores. A responsável pela secretaria de direcção, que identificou apenas como sr. Madalena disse que a superestrutura da empresa não tem interesse em responder.

“A direcção não está disponível a dar nenhuma entrevista com relação a esse assunto”, reforçou.

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