Director executivo da Friends of Angola quer observadores internacionais nas eleições de 2022
O director executivo da Friends of Angola, Florindo Chivucute, defende a presença de observadores internacionais no país, nas próximas Eleições Gerais, agendadas para 2022, face a transparência e lisura que se requerem do processo eleitoral.
Rádio Angola
Em carta enviada à Embaixadora dos Estados Unidos de América (EUA), em Angola, Nina Maria Fite, o responsável máximo da Friends of Angola, Florindo Chivucute entende ser necessário a presença de observadores internacionais para monitorar “as eleições conturbadas de Angola”.
Segundo a Friends of Angola (FoA), a aprovação recente da nova Lei Orgânica das Eleições Gerais, aprovada apenas pelo partido no poder (MPLA), tem por objectivo “subverter os desejos do povo e minar o processo democrático – as eleições de 2022”.
No documento a que a Rádio Angola teve acesso, a FoA sustenta que, o diploma em causa levanta preocupações sobre a transparência eleitoral em Angola.
Florindo Chivucute lembra que, o Presidente dos Estados Unidos de América (EUA), Joe Biden disse recentemente que “estamos em uma competição com autocratas, governos autocráticos em todo o mundo – para saber se as democracias podem ou não competir com eles no século 21 em rápida mudança”.
“Temos que provar que a democracia ainda funciona, assim, estamos convocando o governo a mobilizar todos os recursos disponíveis para defender a democracia não apenas na Ásia, Oriente Médio, Europa, América do Sul e do Norte, mas também na África”, lembrou.
A Friends of Angola refere ter “visto ganhos no processo democrático, como as recentes eleições na Zâmbia e os acontecimentos na Uganda, o líder da FoA, Florindo Chivucute, também servem como um alerta.
Apela à administração Biden e à comunidade internacional, para que defendam a democracia em Angola, “impedindo qualquer tentativa de subverter os desejos do povo e minar o processo democrático com as próximas eleições em Angola em 2022”.
Na carta à embaixadora americana, a FoA entende que, “uma ameaça à democracia em Angola é uma ameaça contra todos as nações que abraçam os valores democráticos”, por isso, espera que o governo dos Estados Unidos de América (EUA) “aproveite esta oportunidade para ajudar Angola a fortalecer sua democracia”.