Direcção do Cofre de Previdência da Polícia acusada de usurpação de terreno de mais de 48 hectares em Viana

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O Cofre de Previdência da Polícia Nacional (CPPN) está a ser acusado de expropriação de uma parcela de terra de 48 hectares de uma família na zona do Zango-0, município de Viana, em Luanda, por uma família que alega ser detentora do espaço desde há década de 60.

Rádio Angola

De acordo com os proprietários do espaço, há vários anos que a direcção do Cofre da Providência da Polícia Nacional (CPPN) vem lutando para se apoderar do mesmo terreno, e que nos últimos dias, o cenário de usurpação do prédio rústico tem novos contornos, com o aparecimento de um grupo de invasores.

O Cofre da Previdência da Polícia Nacional alega ter comprado o terreno a um grupo de camponeses no ano de 2000, o que a família Queita não corresponde com a realidade, uma vez que, em 2000 já lá vivia.

Este grupo de “aproveitadores”, de acordo com o Belmiro Anastácio, um dos herdeiros do terreno, é liderado por um cidadão identificado apenas por “cabelo branco” e que desconfia que haja uma mão “invisível” que esteja a incentivar o mesmo a invasão dos mais de 40 hectares.

“É muito errado o que está acontecer no nosso terreno, no Zango-0, o litígio com o senhor Luís Alexandre, na altura o presidente do Cofre da Providência da Polícia, que já se passaram 21 anos, e agora nos últimos dias, tem aparecido um grupo de invasores”, disse, Belmiro Anastácio, acrescentando que “até ao momento os elementos estranhos continuam a criar um clima de crispação à família Queita”, que atesta a titularidade do referido espaço de 48 hectares.

Esclarece que o terreno em disputa foi atribuído por “mérito” ao seu avô na década de 60. Geraldo Nanga, filho de um dos trabalhadores proprietários do espaço, dá a sua versão do litígio de terras do zango-0, em Viana.

Na semana passada, o advogado da “família Nanga” que tem convénio com a “família Queita”, teria acusado num órgão de comunicação social privado o suposto envolvimento do actual administrador municipal de Viana, Manuel Pimentel, na “usurpação” do terreno em discussão.

Entretanto, em nome das “famílias Queita e Nanga”, Belmiro Anastácio aproveitou a ocasião para desmentir tal informação veiculada, esclarecendo que, nenhuma das famílias “orientou ao advogado em causa para proferir tais afirmações”.

“Neste momento aproveitamos para pedirmos as mais sinceras desculpas ao senhor administrador, Dr. Manuel Pimentel, pelo erro cometido pelo advogado da família Nanga, que deu uma entrevista sem nos dar a conhecer, e o que ele disse não condiz com a realidade”, afirmou.

O cidadão lembrou que, “não se tinham passada dois meses, para que o administrador resolvesse o problema, uma vez que tinha sido nomeado e empossado recentemente, e veio logo esta acusação, que não corresponde com a verdade”, disse, argumentando que, o administrador de Viana, Manuel Pimentel “é uma pessoa que eu conheço muito bem, pelo que, não o vejo com este tipo de personagem de querer usurpar o terreno, que é nosso por direito”.

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