Dionísio Casimiro “Carbono,” cria marca pela liberdade
Criador da marca “Wearing the Freedom”, o activista e empreendedor Dionísio Casimiro, mais conhecido por Carbono, fala à Rádio Angola da sua iniciativa que apela à liberdade. Segundo o jovem, o conceito da marca “Wearing the Freedom” traz “na sua essência a liberdade”, isto por ter como logotipo a letra C três vezes, que são abreviaturas das palavras “Conscience”, “Courage”, “Cognizance”.
“No fundo são os três passos para a liberdade – conhecimento, consciência e coragem”, desmistificou o criador, e avançou que a marca se vai dedicar à promoção de moda de rua em Angola, como thsirts para rappers, skaters, bikerboys, motoqueiros. Assim, a marca se torna oficialmente a primeira no mercado angolano nesse ramo. “Vi que não havia a ideia em Angola, tive a ideia e pus a funcionar desde 2013”, explicou.
Carbono disse que a razão para o nome da marca estar em inglês e não em português, a língua oficial de Angola, se deve ao facto de inicialmente a ideia ter surgido da forma como apresenta. Em seguida, justificou que a língua inglesa tem maior facilidade em penetrar no mercado, dos quais um dos principais meios de expansão é a “internet através das grandes plataformas”.
Brevemente os produtos da marca estarão disponíveis em lojas para aquisição de eventuais compradores, sendo que primeiramente vão ao mercado tshirts e chapéus, posteriormente ténis Wearing the Freedom.
“A ideia tem sido apostar na produção local e, como sabemos, existe uma dificuldade muito grande no acesso à matéria-prima para a produção. No entanto, devido essa dificuldade tem sido difícil definir as vendas, locais e quantidade de produto que entram no mercado”, lamentou.
Porém, uma pequena quantidade de produtos da marca se encontram já no mercado, e a forma de se chegar a estes produtos é mediante os canais de internet do criador no Facebook, Youtube e Instagram. Uma conta no Whatsapp será aberta nos próximos dias, bem como serão disponibilizados números de telefones nas referidas páginas.
Sem algum apoio por parte de instituições estatais ou privadas, Carbono adiantou que, “se houver abertura ao meu projecto, espera por apoio de quem quer que seja no sentido de pôr a marca no mercado e tornar um produto sólido, tornando uma marca para os angolanos e dos angolanos para o mundo”.
O activista nunca solicitou apoios aos organismos públicos onde tanto se fala em empreendedorismo, mas “espero que, quando ter essa necessidade, as portas estejam abertas como a qualquer um empreendedor que tenha um projecto potencialmente capaz de produzir empregos e colaborar com o Estado na redução da taxa de desemprego”.
E sobre a possibilidade de empregar pessoas, directa ou indiretamente, Carbono acredita que quando o negócio crescer empregará muitos angolanos. Por enquanto, o empreendedor abordou a falta de apoios à indústria têxtil, sector que considera basilar para a economia nacional.
“Tenho estado a procura de informações sobre a indústria têxtil em Angola e nada, ou quase nada, aparece. Existem umas fábricas que não produzem porque falta matéria-prima. Uma maneira de o Estado ajudar seria incentivar os empreendedores grandes que têm esses projectos e que queiram pôr esse nicho da economia a funcionar”, exortou.
Ao finalizar, Dionísio Carbono realçou a força do conceito ideológico da marca e a sua preocupação em garantir produtos com qualidade feito em Angola, pelo que os compradores não apenas apoiarão a marca mas terão em mãos um produto que se equipara aos melhores produtos existentes no mercado.
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