COVID-19: Primeiros dois casos positivos em Angola são de altos funcionários da Sonangol

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Os dois primeiros casos positivos de infecção por Coronavírus no país, anunciado pelas autoridades foram identificados como correspondente a dois altos funcionários da Sonangol que regressaram a Luanda nos dias 17 e 18 de março, vindos de Portugal.

Segundo o Club-K, trata-se de Osvaldo Salvador de Lemos Macaia, 38 anos de idade, administrador executivo que no Conselho de Administração responde pela direcção dos assuntos jurídicos e ao gabinete de relação com o Estado. O segundo é Osvaldo Costa, 36 anos, quadro da Sonangol Pesquisa e Produção que teria se ausentado para poucos dias na capital lusa.

A ausência de ambos do país, e a titulo privado terá acontecido a revelia numa altura em que o PCA da empresa havia emitido uma comunicação interna proibindo a não deslocação dos quadros ao exterior do país.

Ao regressarem ao país, as autoridades anunciaram que os passageiros daquele voo ficariam mantidos de quarentena. Fonte do Club-K, revela que a referida quarentena domiciliar terá sido violada uma vez que Osvaldo Costa chegou a ir ao trabalho mas nesta altura a Sonangol já estava – desde o dia 12 de Março – sobre fortes medidas de prevenção e vetou a sua entrada. “O Edivaldo já não entrou no edifício porque teve o passe bloqueado”, refere uma fonte lamentando que o facto de os funcionários não terem acatado as orientações do Presidente da empresa, Sebastião Pai Querido Martins.

As medidas inicias tomadas pelo Conselho de Administração foi no sentido de que todo funcionário que estivesse fora do país, nas últimas semanas, não poderia aceder o edifício. Aos que não se ausentaram, teriam antes de passar por medidas pessoais de higiene, ao que nos primeiros dias causou enormes filas, a entrada do edifício. No inicio, a Sonangol foi criticada nas redes sociais com acusações de que estaria a exceder-se nas medidas de prevenção.

“Temos aqui um edifício que tem aproximadamente 2.000 pessoas, e considerando as medidas profiláticas que estão a ser tomadas no país, nós também optamos por fazer aqui no nosso edifício”, referiu na altura, o director de Comunicação e Imagem da Sonangol, Dionísio Rocha.

“São feitas aquelas perguntas base, se esteve fora ou não, medir a temperatura e oferecer um gel à entrada, mas é uma acção meramente preventiva, nada de pânico”, explicou.
Neste sábado, depois de ter acesso aos resultados saídos nesta madrugada, a ministra da saúde, Sílvia Lutucuta os dois casos positivos “Já estão a ser controlados nas nossas unidades sanitárias”.

Disse ainda que estão a ser dadas as instruções sanitárias necessárias para mitigar a epidemia e apelou para que a população, sobretudo os viajantes que cheguem de países com circulação comunitária do vírus, cumpram a quarentena obrigatória, que considerou “uma prioridade fundamental”

Lembrou que, nos últimos dias, chegaram a Angola viajantes que vieram de Portugal – Lisboa e Porto – a quem foi dada a possibilidade de fazer quarentena domiciliária, apelando para quem saiba de alguém que tenha viajado recentemente para as áreas afectadas e não esteja a cumprir o isolamento denuncie a situação para o número 111.

“Não haverá contemplações, estas pessoas serão levadas para os centros de quarentena institucional”, sublinhou, garantindo que vai ser aumentada a capacidade de rastreio destes pacientes.

Sílvia Lutukuta lembrou ainda que haverá voos adicionais provenientes de Lisboa e do Porto e disse que o Governo está a preparar condições para fazer quarentena institucional dos passageiros, garantindo que vão ser criadas as condições imediatas.

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