Comissários nacionais demarcam-se dos resultados provisórios publicados pela CNE
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Um grupo de Comissários Nacionais da CNE demarca-se dos resultados eleitorais provisórios divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral e que dão vitória ao MPLA.
Numa conferência de imprensa realizada neste sábado, 27 de agosto, no Hotel Fórum, em Luanda, os Comissário Nacionais da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) em função efectiva, Maria Pascoal, Domingos Inácio Francisco, Rafael Aguiar e Jorge Manuel Mussonguela, demarcaram-se dos resultados provisórios divulgados pela CNE, que atribui vitória ao MPLA, alegando que existem várias irregularidades no processo das Eleições Gerais realizadas no dia 24 de agosto.
De acordo com o comunicado lido pela comissária Maria Pascoal, os comissários nacionais, provinciais e municipais têm sido impedidos de exercer as suas funções, sendo que o reduzido número de comissários permitidos a participar e exercer completamente as suas funções dentro do Plenário da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) são devidamente escolhidos pelo Presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva.
Por outro lado, defendem também que o modelo de ata da mesa de voto fornecido pela empresa INDRA e aprovado por Manuel Pereira da Silva é inválido, pois, segundo os comissários, elas não têm o espaço apropriado para descrever o número total de pessoas votantes, contrariando o que é estabelecido por lei e acrescentam que até ao momento não se sabe ao certo o número de votos nulos ou brancos.
Diante dos factos, estes comissários demarcam-se de todos actos que atribuem vitória ao partido no poder, porquanto, consideram que foi violada a lei, colocando em causa a verdade eleitoral.
Francisco Viena, outro comissário da CNE, sublinhou que a Comissão Nacional Eleitoral atribuiu a competência para apuração dos resultados a um grupo restrito de comissários, por isso, diz desconhecer a origem destes resultados provisórios definitivos.