Comandante da 3ª Esquadra do Lobito acusado de burla aos comerciantes
Dezenas de comerciantes no município do Lobito, província de Benguela queixam-se de terem sido burlados pelo comandante da 3ª Esquadra da Polícia Nacional, identificado apenas por Sonhi, na cobrança de valores financeiros com a alegação de que serviria para a manutenção do imóvel.
Eduardo Ngumbe | Benguela
Segundo a denúncia dos comerciantes, que têm os seus estabelecimentos comerciais circunscritos à jurisdição da 3ª Esquadra do Lobito na zona da “Bela Vista”, meses antes da demolição da referida unidade policial, o comandante Sonhi promoveu um encontro em Junho último, com os proprietários de estabelecimentos comerciais, que fazem parte do território.
O encontro, de acordo fontes deste portal teve como pano de fundo pedir apoio financeiro para a reabilitação da Esquadra em causa, principalmente para a compra de tinha para a pintura da estrutura.
“Cada comerciante foi coagido a contribuir com sete mil kwanzas, por cada estabelecimento em troca de favores”, contou um dos lesados.
Os comerciantes supostamente “burlados” dizem ter cedido ao pedido da alta patente da corporação para, quando precisarem dos serviços da Polícia Nacional “serem prontamente atendidos” em função da dívida moral que a corporação contraiu para com eles.
O espanto dos comerciantes, segundo a fonte, surgiu quando meses depois, sem que fosse executado o “plano de roubo”, assistiram a demolição da mesma esquadra que nunca chegou a ser pintada naquele período.
Diante da situação, os comerciantes lojistas, farmacêuticos e outros, hoje “sentem-se burlados” pelo comandante Sonhi da 3ª Esquadra, pois o dinheiro cobrado não cobriu o real objectivo pelo qual tinha sido exigido, pelo facto de a esquadra ter sido demolida para ser erguido no mesmo espaço um posto policial enquadrado no programa do PIIM.
Este portal tudo faz para ouvir a versão da alta patente da polícia visada na denúncia.