CNJ: O poder estratégico que muitos ainda não entenderam – Muito além da corrida ao “cadeirão máximo” – Fernando Martins

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O controlo do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) é hoje muito mais estratégico do que qualquer disputa imediata por cargos políticos. O jovem que lá está a liderar, e que agora é atacado por vários lados, talvez nem perceba a dimensão estratégica da posição que ocupa — assim como muitos líderes da oposição com assento parlamentar também não percebem. A verdade é simples: quem tem a juventude organizada tem poder real.

A juventude como base de poder e de mobilização: O CNJ não é — e nunca deveria ser — apenas um grupo de jovens imaturos à procura de protagonismo. É uma plataforma que representa milhões de jovens angolanos e uma parceira institucional do Estado, com capacidade de influenciar políticas públicas, orientar programas de formação, emprego, inclusão social e mobilizar capacidade nacional.

Por isso sempre afirmei: Se o partido que fundei já estivesse aprovado, teria litigado e disputado o CNJ para estar com a juventude, porque nas democracias quem lidera a juventude lidera o futuro da pátria.

O modelo do CNJ e a sua importância institucional

O CNJ é concebido como uma plataforma nacional de representação juvenil, com conselhos provinciais e articulação direta com o Ministério da Juventude e Desportos. Nos últimos anos tem firmado parcerias para formação profissional, inclusão económica e projetos sociais. Isto demonstra que o CNJ é mais do que um órgão consultivo: é uma estrutura estratégica com impacto real na vida dos jovens.

Por que todos querem controlar o CNJ, excepto os distraídos da oposição?

O conflito atual à volta da liderança do CNJ revela o que muitos fingem não ver: o CNJ é uma fonte de legitimidade, mobilização e poder político para quem o dirige.

Partidos com ambições reais de vencer eleições deveriam perceber que controlar a juventude organizada significa ter força social, quadros preparados e capacidade de transformar ideias em ação.

Conclusão:

A verdadeira luta não é pelo cargo, é pela juventude. O CNJ é um espaço estratégico, determinante para qualquer força política que queira governar Angola no futuro. A disputa não é por vaidade nem por cadeiras — é pelo poder de organizar a juventude, orientar o pensamento nacional e influenciar a construção da pátria.

Radio Angola

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