Cabinda: FLEC/FCA apela intervenção da comunidade internacional para fim da violência na província
A direcção política da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC-FAC), exortou as representações diplomáticas estrangeiras em Luanda a quebrarem o silêncio sobre a violação dos direitos humanos, pelo governo angolano, na província mais a norte do país.
Fonte: Rádio Angola
Num “comunicado de guerra” a propósito das últimas detenções e raptos de activistas ocorridos há uma semana aquando de uma manifestação realizada em alusão a comemoração do “Dia Internacional dos Direitos Humanos”, a direcção política da FLEC-FAC, que luta pela independência do enclave, lançou um repto à comunidade internacional para que tenha coragem de condenar tais actos.
“A direcção Política da FLEC/FAC lança um apelo urgente a todas as representações diplomáticas e organizações internacionais presentes em Luanda a intervirem e condenarem as repetidas e múltiplas violações dos direitos humanos cometidas pelas autoridades angolanas contra activistas pacifistas da sociedade civil de Cabinda”, lê-se.
No comunicado a que a Rádio Angola teve acesso, a Frente de Libertação de Cabinda diz-se preocupada com os níveis alarmantes de violação dos direitos humanos protagonizados supostamente pelas autoridades na província rica em petróleo.
De acordo com o secretário-geral da Frente de Libertação do Estado de Cabinda, Jacinto António Télica, a comunidade internacional não deve olhar com indiferença a violência que tem sido praticada contra os activistas pacíficos da sociedade civil.
“Face a situação crítica e alarmante, a FLEC/FAC exorta todas as representações diplomáticas e organizações internacionais presentes em Luanda a quebrarem o silêncio sobre a questão de Cabinda”, refere a nota que temos vindo a citar, que desafia ao mesmo tempo ao corpo diplomático acreditado em Angola “a pronunciarem-se corajosamente contra a violência desmesurada e repressão perpetrada pelos representantes da autoridade angolana em Cabinda”.
Para a FLEC/FAC, qualquer acordo firmado com o governo angolano, as organizações estrangeiras não podem ignorar a violação dos direitos humanos na província de Cabinda.
“Qualquer acordo, aliança, tratado ou parceria bilateral, ou multilateral, não pode ignorar as repetidas e múltiplas violações dos Direitos Humanos no enclave”, termina o comunicado.