Bloco Democrático em Luanda preocupado com falta de plano de prevenção às zonas de risco em época chuvosa
O Bloco Democrático (BD) em Luanda manifesta-se preocupado com a falta de planos de prevenção para as zonas consideradas de risco em época de chuva, que arrancou oficialmente a 15 de Agosto.
Por: Sebastião Numa
A chuva é tida por muitos, como “bênção”, sempre que a mesma cai sobre a face da terra, mas há quem considera o tempo chuvoso como o pior momento do ano, sobretudo em Luanda, sempre que chove a vida para muitos deixa de ter sentido, pois provoca inundações, destruição de residências e até mesmo mortes.
Foi com este sentimento de preocupação, que o secretário provincial do Bloco Democrático na capital do país, Ary da Costa Campos apresentou ao governador de Luanda, Manuel da Conceição Homem, um “plano de contenção e prevenção das chuvas”, que a qualquer momento começam a cair com habitual intensidade, cujas são previsíveis.
Em conferência de imprensa nesta quarta-feira, 11, o líder do Bloco Democrático (BD) na maior praça eleitoral do país manifestou a sua preocupação, tendo em conta o tempo chuvoso que já se faz sentir, embora com alguma timidez por enquanto.
À imprensa, o político do BD disse que, além da contribuição do partido sobre a necessidade de protecção das famílias que residem em áreas de risco, a carta endereçada ao Governo Provincial de Luanda (GPL), na pessoa do seu titular Manuel Homem, na terça-feira, 9, questiona as políticas de prevenção que se pretende aplicar na época chuva.
Para Ary da Costa Campos, há necessidade de se antecipar os planos de contingência no sentido de se precaver os riscos e as perdas de vidas humanas, que se tem verificado em cada tempo chuvoso.
O secretário do Bloco Democrático em Luanda lembrou que as chuvas do ano passado provocaram um rasto de destruição incalculável, pois segundo Ary da Costa Campos, dos mais de dez mil casos reportados sobre os estragos causados pelas chuvas na capital, o resultado “trágico” foi à morte de mais de 300 pessoas.
O político lamentou a falta de apoio às vítimas na devida altura por parte das autoridades da província, tendo salientado que, mais do que realojar as vítimas em tendas ou cabanas, há necessidade de se criar um plano de sensibilização das pessoas no sentido de abandonar as zonas propensas aos estragos.
Disse ainda que “grande parte destas mortes acontecem por eletrocussão, por conta do mau estado das infraestruturas da capital, principalmente aos postos de iluminação pública”, sublinhando por outro lado que “a problemática das chuvas já é um problema antigo e que pouco ou nada o executivo faz para reduzir os gastos orçamentais que crescem cada vez mais de forma galopante”.
O responsável dos bloquistas em Luanda acusa o executivo que, diante dos problemas que afligem as populações, “tem apresentado planos relativos e preventivos”, o que na sua visão, “não ajuda em boa medida o combate e prevenção das inundações das ruas e residências”, disse o político que apontou casos recentes que aconteceram nos municípios do Talatona e Cazenga”.
O secretário Provincial do Bloco Democrático (BD) apelou ao executivo de Luanda e Central, a alocar verbas que possam servir para conter as dificuldades vividas diariamente pela população.
Ary da Costa Campos entende que o plano devia controlar na prevenção das infraestruturas danificadas, brigadas de sensibilização por via de diálogo com as comunidades, bem como na identificação das zonas de riscos.
O jovem político na oposição lamentou “a falta de vontade do Governo Central”, daí segundo ele, o “fracasso” na execução de políticas públicas capazes de resolver os problemas básicos do povo.
Ary da Costa Campos manifestou igualmente expectante com a contribuição do seu partido remetido ao Governo de Manuel Homem, visando mitigar os efeitos negativos das quedas pluviométricas que anualmente caem muita intensidade sobre Luanda.