Bispo Alberto Segunda diz que há correntes que pretendem “calar” voz dos que defendem Estatutos da IURD

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O Bispo Alberto Segunda, porta-voz da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola (IURD) disse esta sexta-feira, 23, que existe no país, determinadas correntes que pretendem “silenciar” a voz dos fiéis da IURD que se opõem às reformas abraçadas pelos pastores angolanos apoiados pelas autoridades do país.

Rádio Angola

Sabe-se que, em Luanda, desde a abertura dos templos, maior parte dos membros da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) não têm frequentado os cultos nos cinco templos abertos e entregues aos bispos e pastores angolanos, por entenderem que “ala angolana não tem legitimidade para o efeito”, facto que tem motivado o vazio do público nas celebrações diárias e semanais.

À imprensa, Alberto Segunda disse que “não posso dizer que seja o governo, mas há alguém que quer calar a nossa voz, porque não é possível num universo como Angola, uns podem e outros não”, sustentou.

A direcção que defende as reformas na IURD, promoveu na quinta-feira, 22, uma conferência imprensa no templo localizado no “Lar Patriota”, em Luanda, orientada pelo Bispo Felner Batalha, Assessor para os assuntos Institucionais e Eclesiástico do Presbítero Geral, Bispo Valente Bezerra Luís, que visou reagir aos pronunciamentos do Bispo Alberto Segunda sobre a falta de legitimidade da “nova direcção da Igreja Universal.

Na ocasião, Felner Batalha negou todas as acusações que pesam sobre aquele a que consideram ser o líder da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, sublinhando que “ nós já pedimos encarecidamente que a então liderança pudesse apresentar uma convocatória ou o relatório de uma assembleia que revela a destituição do Presbítero Geral Reverendo Bispo Valente Bezerra Luís assim como as suas causas, já solicitamos varizes e eles nunca mostraram porque não existiu. É tudo mentira”, afirmou.

Sobre a possível tomada de assalto da Igreja Universal do Reino de Deus, o Assessor Felner Batalha, contou aos presentes que todo o processo foi feito de forma legal e, as resoluções foram publicadas no Jornal de Angola.

O Bispo Alberto Segunda reiterou esta sexta-feira, que o Bispo Valente Bezerra Luís foi destituído pela Igreja Universal do Reino de Deus por violação dos Estatutos da congregação.

O porta-voz da IURD assegurou que têm todos os documentos que evidenciam a realização da Assembleia Geral com mais de 300 pastores, em 2019, que assinaram por unanimidade o seu desligamento da igreja, “em consequência aos actos de rebelião protagonizados”.

Alberto Segunda revelou que “o próprio Felner Batalha, foi desligado da igreja por ter se recusado ir para o Brasil em trabalho missionário, o que para o porta-voz da Igreja Universal do Reino de Deus “viola os Estatutos da organização”.

Sobre o fundador da igreja

Aos órgãos de comunicação social, o Bispo Felner Batalha, Assessor para os assuntos Institucionais e Eclesiásticos do Presbítero Geral, Bispo Valente Bezerra Luís afirmou que o bispo brasileiro Edir Macedo não é o líder fundador da Igreja, apontando outra figura, tendo apenas Edir Macedo como o responsável mundial da Igreja Universal do Reino de Deus.

O porta-voz da IURD, Alberto Segunda, contraria os argumentos de Felner Batalha assegurando que “foi Edir Macedo que fundou a Igreja Universal do Reino de Deus, em 1977, no Rio de Janeiro, Brasil”.

“Na fase da fundação da igreja, ele (Edir Macedo) começou praticamente do zero com seis pessoas na rua e com passar do tempo, em menos de uma ano, foi necessário arrendar um agalpão, foi assim que se arrendou uma estrutura onde funcionou uma ex-agência funerária”, explicou.

Na conferência de quinta-feira, 22, a “ala reformista”, esclareceu a situação judicial da igreja no conflito com os “brasileiros”, tendo garantido que esta luta que está a dividir a congregação “está chegar ao fim”, pelo que reitera o apelo para que se juntem aos angolanos.

O Bispo Alberto Segunda disse que “temos chamado de rebeldes, por isso, não temos como nos aliarmos aos que violaram estatutos, que para nós foi um crime”, sustentou, acrescentando que “a partir do momento em que foram desligados da igreja, já não têm qualquer legitimidade para falarem em nome da igreja”.

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