ÂNGELA FERRÃO: “OS ANGOLANOS ESTÃO MUITO EXIGENTES E POR ISSO SE EXIGE MUITA QUALIDADE PARA SE IMPOR”

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A cantora Ângela Ferrão teceu as palavras acima no final do concerto que deu ontem, 21 de Março, na Casa de Cultura Njinga Mbande, no bairro Nelito Soares, distrito urbano do Rangel, em Luanda. O concerto, denominado “Cantares da Rainha com Ângela Ferrão”, é uma  iniciativa no âmbito do “Março Mulher”.

Texto de Simão Hossi

A artista conta com dois albúns lançados, nomeadamente “Wanga”, lançado em 2007, e “Minhas Raízes”, lançado em 2017. O concerto contou com a participação especial do duo Canhonto, formado por Ekwikwi e Mito. Ângela Ferrão cantou músicas do seu repertório discográfico que foram bastante aplaudidas, como Wanga e Angelina, esta última escrita pelo seu pai em que conta a história de um amor que não foi efectivado e, por isso, “é uma música especial porque foi escrito e oferecido pelo pai”.

Ângela canta desde pequena e participou em vários concursos de música infantil no Kwanza Sul, de onde é proveniente. É de uma família de artistas, à igualdade do pai e irmãos que são cantores.

Antero Ekwikwi, um dos integrantes do dou Canhoto, agradeceu o calor do público que acorreu à Casa da Cultura do Rangel Njinga Mbande e pediu paciência e calma ao público que tanto aguarda pelo segundo disco do conjunto, pois, segundo o cantor, tudo está condicionado pelas condições financeiras para concluir e colocar o disco no mercado.

Enquanto isso, Ferrão salienta que a música que faz já tem bons seguidores e muitos deles são fiéis ao que ela faz, o que faz com que as suas responsabilidades sejam maior no que diz respeito a arte que faz.

A artista, que é formada em Direito pela Universidade Católica de Angola, trocou assim a advocacia para dar o seu maior contributo à arte do bem fazer música para os angolanos, cantadas em Kimbundo, Ngoya e Tchokwe, tendo esta recebido ajuda de vários artistas angolanos, dos quais destacou Gabriel Tchiema e Euclides da Lomba.

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