Activistas voltam às ruas de Luanda para marcha contra elevado custo de vida e exigir demissão do presidente da CNE

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Um grupo de activistas da sociedade civil convocou para a próxima quarta-feira, 11 de Novembro – “Dia da Independência Nacional”, uma marcha pacifica para mais uma vez protestar o elevado custo de vista das famílias angolanas e exigir a calendarização das primeiras eleições autárquicas em 2021.

Fonte: Rádio Angola

Num manifesto tornado público em conferência de imprensa realizada na última quinta-feira, 08, em Luanda, os activistas Benedito Jeremias (Dito Dalí), João dos Santos (Mwanangola), José Gomes Hata, Laura Macedo, Priscila Matelo e Sara Paula, promotores da manifestação do dia 11, referem que, para além do protesto contra à situação difícil dos angolanos e a realização das autarquias locais no próximo ano “sem rodeios”, a marcha vai igualmente “exigir a exoneração do Chefe do seu Gabinete do Presidente da República, Edeltrudes Costa”, por segundo os activistas, “estar envolvido em escândalos de corrupção e negócios ilícitos”.

Os participantes à manifestação do “Dia da Dipanda”, de acordo com os seus promotores poderá ainda “exigir a revisão da legislação eleitoral e reforma da Comissão Nacional Eleitoral de modo dar credibilidade aos processos eleitorais”, bem como “forçar a auto-demissão do Presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Manuel Pereira da Silva (Manico)”.

À imprensa, os activistas mentores da manifestação do dia 11 de Novembro de 2020, “comunicam à opinião pública nacional e internacional que a manifestação que vão realizar é pacífica e seu fim compaginável com os fins legalmente previstos”.

Os activistas esclareceram que, “estão a circular nas redes sociais vários vídeos incitando à violência verbal e física, à destruição de bens, nos quais se usa uma linguagem insultuosa e obscena e se sentencia a morte de pessoas”.

Para os promotores da marcha da próxima quarta-feira, 11, “a postura e comportamento dos autores desses vídeos nada têm a ver com a postura e o comportamento de várias gerações de pessoas que há décadas lutam contra o desrespeito pelos direitos humanos, pela boa governação, por uma comunicação social do Estado respeitadora da liberdade de imprensa, do pluralismo, do contraditório, imparcial e não alinhada com o partido no poder”.

“As pessoas que têm estado a incitar à violência verbal e física, à destruição de bens e que usam uma linguagem obscena e sentenciam a morte de terceiros por via de vídeos, áudios ou escritos não são promotoras da manifestação do dia 11 de Novembro e não devem participar da manifestação que por nós será organizada”, lê-se no documento.

No comunicado, os activistas acrescentam que “nós, os promotores da manifestação do dia 11 de Novembro, temos o poder, com a cooperação da polícia, de impedir e expulsar da nossa manifestação quaisquer pessoas que não estejam alinhadas com o pacifismo, urbanidade, civilidade, respeito pela pessoa do outro e pelas leis justas”.

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