ACTIVISTAS PROMETEM PROCESSAR MINISTRO DO INTERIOR DEVIDO À VIOLÊNCIA POLICIAL NA MARCHA DE SÁBADO

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Os promotores da marcha do passado sábado, 24/08, contra o elevado índice de desemprego em Angola, prometem processar o Ministro do Interior, Eugénio Lauborinho e o Chefe das Operações do Comando Provincial de Luanda, Superintendente Lázaro, devido à brutalidade da dos agentes da Polícia Nacional contra os manifestantes.

Nelson Mucazo Euclides

Em denuncia à Rádio Angola, o porta-voz da terceira “Marcha Nacional contra o Desemprego em Angola”, Geraldo Dala, disse que a violência policial na marcha de sábado resultou em ferimentos graves de alguns participantes, entre os quais os activistas Viriato da Cruz e Onofre dos Santos.

De acordo com Geraldo Dala, a organização da marcha vai accionar mecanismos legais com vista a responsabilizar criminalmente o Ministro do Interior, Eugénio Laborinho e o Chefe das Operações do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, Superintendente Lázaro, por causa dos excessos cometidos pelos seus agentes.

“O País tem leis e toda a acção da polícia deve primar pela legalidade, pois a Constituição angolana proíbe tratamentos cruéis e desumanos que colocam em risco a integridade física das pessoas, esta acção da polícia é injustificável e incompreensível, por isso, não vamos ficar de mãos cruzadas”, referiu o activista e porta-voz da marcha.

Onofre, é um jovem do Sambizanga que compareceu pela primeira vez numa marcha e foi mordido por um cão policial que quase arrancou os testículos. Em consequência da mordedura, a vítima foi levado ao Hospital Josina Machel (Maria Pia), onde segundo relatos, permaneceu mais de uma hora sem atendimento.

O jovem ferido, disse Geraldo Dala, apenas começou a ser assistido quando dezenas de manifestantes ficaram concentrados no portão principal do hospital “Maria Pia”, tendo sido submetido a uma cirurgia com vários pontos.

Segundo o porta-voz da marcha, muitos activistas foram “barbaramente espancados”, incluindo uma jovem da organização “Ondjango Feminista”.

Os promotores do protesto contra o desemprego em Angola continuam encetar contactos no sentido localizar outros activistas que se presumem estarem detidos em diversas esquadras policiais.

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