SIC processa director de O Crime por dizer que execução de criminal foi queima de arquivo

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Fonte: VOA

Mariano Brás reitera a sua versão e diz estar pronto a responder em tribunal

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola desmentiu a informação publicada pelo jornal O Crime a 16 de Junho de que o assassinato de um suposto marginal abatido a 1 de Junho por um agente daquela instituição tenha sido “queima de arquivo”.

Em comunicado divulgado no dia 15, assinado por António da Conceição Paim, além de contrariar a versão do jornal, o SIC diz que vai processar o director da publicação Mariano Brás.

O semanário revelou que a morte do suposto criminal visava impedir que fosse desvendado o destino dos 14 milhões de kwanzas recuperados por aqueles agentes numa operação e que depois não foram entregues ao SIC.

Segundo aquele serviço de investigação, a notícia não tem fundamento e visa única e exclusivamente “manchar os esforços dos órgãos do ministro do interior no combate à criminalidade”.

Mariano Brás diz estar pronto para responder em tribunal o processo que está a ser movido pelo SIC e que a instituição “não devia ter-se pronunciado antes de analisar o conteúdo da notícias”.

É que a capa da edição foi publicada na internet antes da venda em papel, facto que terá levado o SIC a reagir antes de ver a notícia na íntegra.

O jornal revela que o autor dos disparos captado no vídeo divulgado nas redes sociais é o chefe de Brigada, Inocêncio Felizardo dos Santos, tratado por Papá Enoque pelos mais próximos.

O suposto marginal, ainda de acordo com o jornal, era informante do SIC, e foi morto com vários tiros, um dos quais na cabeça.

Mariano Brás responde neste momento a 10 processos, entre eles um juntamente com o jornalista e activista Rafael Marques no caso em que são acusados de calúnia e injúria a órgão do Estado cujo queixoso é o antigo Procurador-Geral da República, João Maria de Sousa.

Brás, no entanto, reafirma que “não vai desistir da missão de informar”.

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