NÃO SE “VÊEM” ROSAS NO JARDIM DO JORNALISMO ANGOLANO

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Elias Muhongo

“Nos últimos quinze anos, Angola conheceu um assinalável progresso no que respeita à qualidade da informação. Há mais jornais, mais estações de rádio e mais estações de televisão. O debate é mais plural e melhorou também a liberdade de imprensa. Mas estamos conscientes de que ainda há muito por fazer e que estamos longe de atingir o ideal nessa matéria” – PR. João Lourenço”

No acto solene da investidura do Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço discursou sobre o jardim da comunicação social, desde a proclamação da Independência Nacional no dia 11 de Novembro de 1975. Após o seu prematuro desaparecimento físico do Dr. António Agostinho Neto, o primeiro Presidente de Angola. O MPLA confiou ao Presidente José Eduardo dos Santos a missão histórica de dirigir o povo angolano na defesa das conquistas da Independência Nacional, no fortalecimento do Estado, na implantação e consolidação da democracia multipartidária, na conquista da paz, na reconstrução do país e no lançamento das bases para o desenvolvimento. Dai que, o Presidente José Eduardo dos Santos cumpriu a sua missão com brio invulgar, com dedicação e com um elevado espírito patriótico. Por essa razão, a sua figura simboliza a vitória da unidade nacional, da paz e da dignificação dos angolanos no plano interno e internacional de acordo o partido MPLA no poder.

Mas, o Presidente da República de Angola, João Lourenço reconheceu somente os últimos quinze anos que, Angola conheceu um assinalável progresso no que respeita à qualidade da informação. Há mais jornais, mais estações de rádio e mais estações de televisão. O debate é mais plural e melhorou também a liberdade de imprensa. Mas, consciente de que ainda há muito por fazer e que estamos longe de atingir o ideal nessa matéria.

Esquecendo dos 26 anos antes dos 15 mencionados. Que tipo de jornalismo Angola fazia?

Pois que, nada mudou desde 1975 até o dia das promessas do PR. João Lourenço. Não se veem rosas no jornalismo angolano e nem cor verde. Continuamos a receber informações das pessoas ligados ao Executivo, no caso de, um dos membros Carlos Aberto – Membro do Conselho Directivo da ERCA reclamando e dar impulso para que o navio comece caminhar, com os seguintes perguntas:

Mas, o Executivo não disponibiliza o orçamento da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) porquê?

Como é que a ERCA não tem condições para trabalhar, como afirma o presidente do Conselho Directivo Adelino de Almeida?

Há mesmo vontade deste Executivo liderado por João Lourenço de se regular e supervisionar, com rigor, os conteúdos dos órgãos de comunicação social ou o novo órgão do Estado – que também tem competência para sancionar os órgãos de comunicação social que violem a lei – foi criado só para inglês ver?

Estamos a evoluir ou estamos a fingir que estamos a evoluir?

De recordar ainda que, não passamos há mais de 2 meses que, foi dia 03 de Maio de 2018, que o Executivo do MPLA defendeu a liberdade de imprensa e de expressão e a garantia do direito à informação, como premissas fundamentais para a realização, em Angola, de um jornalismo moderno, participativo e responsável, que respeite a ética, a deontologia profissional, os direitos fundamentais dos cidadãos e das instituições, a Constituição e a restante legislação.

Nesta data, 03 de Maio de 2018, o MPLA saudou, igualmente, a nova Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA), cujo Conselho Directivo acaba de entrar em funções, pelo papel que pode desempenhar, com isenção, rigor e imparcialidade, na construção e consolidação de uma consciência nacional e patriótica, cada vez mais forte, em cada angolano.

Outrossim, o Executivo do MPLA reitera o seu propósito de garantir uma política informativa no País, virada à preservação dos valores inalienáveis da Independência Nacional, da soberania, da democracia, da tolerância e da unidade nacional, compatíveis com a existência de uma opinião pública informada, crítica e responsável.

Devemos libertar o jornalismo para melhor servir. Não criar salários milionários para novos trabalhadores, e revoltam antigos jornalistas. É triste, os episódios que vazaram o teor de uma mensagem de e-mail assinado pelo Presidente do Conselho de Administração da Televisão Pública de Angola, José Guerreiro, supostamente distribuído para um grupo restrito do seu staff, onde o responsável da Televisão Pública, acusa os seus colaboradores mais directos de divulgarem documentos internos.

De acordo as informações que nos chegam por via das redes (Jornais Digitais) que visivelmente irritado, José Guerreiro, acusa o pessoal do seu gabinete, dos assuntos jurídicos e dos recursos humanos, de estarem por trás do vazamento de informações que dizem respeito aos chamados “contratos milionários” que a TPA assinou com determinadas figuras públicas que deverão apresentar programas de entretenimento naquela televisão. Na referida mensagem, José Guerreiro diz que o Conselho de Administração é irredutível na sua posição de dar melhores salários aos novos colaboradores em detrimento dos antigos, e termina desafiando os Directores dos Gabinetes citados a identificar o(s) funcionário(s) responsáveis pelo vazamento. Na verdade, antes deste e-mail, alguns funcionários da TPA denunciaram nas redes sociais facebook, watsapp ao que chamam de injustiça laboral, com a TPA a contratar novos funcionários a peso de ouro, quando muitos filhos da casa, com mais competência ganham muito menos.

Na verdade, o Executivo do MPLA defendeu a liberdade de imprensa e de expressão e a garantia do direito à informação, como premissas fundamentais para a realização, em Angola, de um jornalismo moderno, participativo e responsável, que respeite a ética, a deontologia profissional, os direitos fundamentais dos cidadãos e das instituições, a Constituição e a restante legislação. A mudança e a necessidade de ir buscar outros rostos para enquadrar na sua grelha de programas com os novos contratos milionários na TPA é que, fazem do jornalismo moderno, participativo e responsável?

Quem não conhece Benvindo Magalhães que irá regressar às telas agora no canal 1 da TPA, vai passar a ganhar 700 mil kwanzas?

Quem não conhece a apresentadora Lukénia Gomes com proposta para apresentar o Ecos&Factos ou o Jornal das 22 horas, passará a ganhar 500 mil kwanzas?

Quem não conhece a Edivânia do Carmo, antiga companheira do apresentador Benvindo Magalhães na era do programa TCHILAR do canal 2. A apresentadora assinou o contrato auferindo 350 mil kwanzas?

Com certeza, digo também que é um “salários milionários” porque diante daquilo que um profissional da TPA ganha mensalmente é três ou quatro vezes menos que estes novos contratados.

Assim, está bom? Reforço a pergunta. Estamos a evoluir ou estamos a fingir que estamos a evoluir?

Não se passou meses que alguns Académicos defenderam sobre a formação Superior em Jornalismo e outros debates ainda alertam para o facto de a exigência de curso superior em jornalismo ser uma evidência incontornável no mundo actual; a despeito do país contar ou não com uma legislação específica. O desafio das duas últimas décadas tem sido a eleição de uma instituição ou conjunto de instituições legítimas para arcarem com essa empreitada e tocar o assunto para frente. Nem os sindicatos nem as organizações sócio profissionais conseguiram consenso para em uníssono assumirem o leme de uma embarcação que em alguns momentos parece não ter timoneiro. O este dilema, acrescesse o facto do próprio governo estrategicamente ter assegurado a sua intervenção na definição final e desfecho do dossier ao ter reservado para a sua esfera responsabilidades importantes como a de regulamentar a lei, controlar o Conselho de Comunicação Social, hoje reajustado a ERCA, dentre outras.

Volvidos anos, nunca foi constituída a comissão de ética, não existe carteira e o novo estatuto do jornalista ainda continua por aprovar e a lei por regulamentar, todavia e porque a vida não espera, mesmo perante estas adversidades, os jornalistas labuta, porque a sociedade tem de ser alimentada de notícias. Todos os dias um punhado de profissionais é chamado a colocar mãos a obra para confeccionar o seu principal produto, as informações e notícias. Não importam as adversidades, as barreiras e as dificuldades. No final o público consumidor quer ter notícias. E estes funcionários antigos têm razão de chamarem injustiça laboral, com a TPA a contratar novos funcionários a peso de ouro, quando muitos filhos da casa, com “mais competência” ganham muito menos.

De acordo a Liberdade de Imprensa, o PR. João Lourenço afirmou que, o debate é mais plural e melhorou também a liberdade de imprensa, por enquanto que no seio do povo ficou mesmo estampado que a Liberdade de Imprensa divide opinião pública em Angola. Há quem assinalou evolução e uma maior abertura no país, mas jornalistas e cidadãos angolanos apontam obstáculos que persistem no exercício da liberdade de imprensa. Já o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) considerou no dia 03 de Maio, a liberdade de imprensa no país que, continua a viver “avanços e recuos”.

No qual, o Senhor Ministro João Melo aparece dizendo que é contra jornalistas corruptos. O ministro da Comunicação Social, João Melo, desencorajou, na segunda-feira, em Luanda, actos de extorsão praticados por “pseudo-jornalistas”­, que se tornou comum na sociedade angolana. Dizendo que, “Não devem ceder a chantagem e a extorsão de pseudo-jornalistas que existem na nossa sociedade. O nosso conselho é não ceder a chantagem, se não ficamos nas mãos dos jornalistas”, alertou o governante, quando dissertava sobre a “comunicação e segurança pública num Estado Democrático e de Direito”, dirigido aos quadros e dirigentes do Ministério do Interior. O governante aconselha a gravarem eventuais tentativas de extorsão e chantagem, de modo a encaminhar aos tribunais aquelas pessoas que enveredam pela extorsão e chantagem.

Recomendou aos dirigentes para não corromperem os jornalistas.

« “Na gíria jornalística, diz-se o seguinte: o jornalista quer duas coisas, ou informação ou dinheiro. O problema é quando nos enganamos e vamos dar dinheiro a quem quer informação ou o contrário. Como é difícil saber, o nosso conselho é não ir para essas práticas”. Sobre a palestra, o ministro defendeu uma maior abertura dos órgãos de segurança pública à sociedade, antecipando-se sempre na divulgação da informação.

O ministro explicou aos dirigentes e quadros do Ministério do Interior (MININT) que a não observância da rapidez e antecipação na divulgação da informação, pode fazer com que os órgãos de segurança pública corram riscos de serem ultrapassados, nessa era da globalização.

Recomendou para uma actividade mais pró-activa para se ter sucesso, ou seja, os órgãos de segurança pública devem ser os primeiros a noticiar a sua perspectiva, porque quem sair na dianteira, divulgando o facto sobre sua perspectiva, sai logo em vantagem e impõe a sua versão.

Face a complexidade da sociedade cada vez mais informada, João Melo advertiu que os problemas não devem, em princípio, ser escondidos, exemplificando que se a criminalidade está a aumentar, deve-se dizer, porque o cidadão já sabe e vive os tais problemas.

“Deve-se, as vezes, quando a necessidade obrigar, omitir mas nunca mentir, por não ser uma boa estratégia de comunicação. Dá resultados, mas só a curto prazo e não recomendo”, aferiu, destacando a importância da comunicação na prevenção de crimes.

Sugeriu ainda a necessidade de se potenciar os Gabinetes de Comunicação Institucional e Imprensa, planificar as acções de comunicação, recorrer as agências e especialistas, assim como gabinete de risco, para se ter sucesso na estratégia de comunicação.

“A comunicação não faz milagre, por mais ágil e brilhante que seja, o determinante é fazer as coisas bem ou demonstrar a sociedade que estamos a nos esforçar para fazer as coisas bem”, finalizou.

Será que, ou como continuamos no “avanços e recuos” não é o momento, de cobrar as promessas que estão colocados no papel?

O PR. João Lourenço disse: “Neste mandato, vamos assegurar um maior “investimento público no sector da comunicação social”, de modo que os angolanos tenham acesso a uma informação fidedigna em todo o território nacional. Apelo, pois, aos servidores públicos para que mantenham um maior abertura e aprendam a conviver com a crítica e com a diferença de opinião, favorecendo o debate de ideias, com o fim último da salvaguarda dos interesses da Nação e dos cidadãos.

Como não são todos que têm acesso a informação, já disponibilizaram as verbais para o investimento público no sector da Comunicação social?

Será que já criaram seminários ou workshop para lavagens de “cérebros” de todos jornalistas estatal e privados ou vão continuar mesmo com a mente antiga, já que queremos evoluir?

“Em Angola não existe um jornalista apartidário, pode até dizer…, mas tem sempre um partido na mente e um equipe de futebol também”. É preciso “lavagem cerebral” para LIBERTAR O JORNALISMO, para melhor servir porque, não se veem rosa no jardim do Jornalismo Angolano. É quanto a nova direcção da TELEVISÃO PÚBLICA DE ANGOLA (TPA), e outros como a Rádios e Jornais estiverem a cometer os mesmo erros que as administrações passadas.

Senhores Jornalistas, Senhores administradores não estão a honrar. Senhor Ministro da Comunicação Social de Angola!

Os nossos Jornalistas antigos ainda continuam a cometer erros graves, no que diz respeito, a língua oficial que nós falamos o “PORTUGUÊS”, dos novos contratos milionários são piores porque conhecemos todos funcionários da Comunicação Semba, não queremos mais ouvir, telespectador, tu fala de onde? Telespectador tá falar de que parte da cidade? Tu concorda com a situação que nós vivemos?

Senhor Ministro e Administradores são tantas perguntas fora da gramática de língua portuguesa que os nossos profissionais têm estado a usar, não basta, ter uma boa voz fina e deixar confundir os ouvintes, e telespectadores. Ainda têm que saber que estão a falar para todos níveis académicos, todos níveis sociais ou camadas. É a verdade, os “ERROS” cometidos aos nossos profissionais Jornalistas, Apresentadores da TV, Rádio etc… precisam-se saber como devem tratar os Ouvintes, Convidados e telespectadores. Se, vamos corrigir o que está mal e melhorar o que está bem até em 2022. Para os que têm condições e oportunidades, é o momento de regressar aos estudos para aprofundar há ainda mais área que ocupa, para não fazer ciúme aos que se aplicam no estudo da gramática da língua portuguesa.

O nosso PR João Lourenço apelou aos servidores públicos para que mantenham uma maior abertura e aprendam a conviver com a crítica e com a diferença de opinião. Como também é com as criticas que nos aprendemos.

Vamos parar com a TESE da falta de vontade política. Como diz um dos meus amigos virtual, “MUITO BONS PROFISSIONAIS SE RESTRINGEM ADVOGANDO A POLÍTICA COMO ÁLIBI, COMO O AFAZEM HABITUALMENTE GOVERNANTES E GOVERNADOS QUE SE ESCUDAM NISSO PARA JUSTIFICAR INCOMPETÊNCIAS”.

Se, hoje já conseguimos ver o Senhor ministro angolano da Comunicação Social, João Melo, sendo um dos convidados de honra da Grande Conferência alusiva aos 130 anos do Jornal de Notícias, que teve lugar no dia 01 de Junho do corrente mês, no Palácio da Bolsa na cidade do Porto em Portugal. Na conferência, que contou com altos representantes e oradores dos países onde o Português é a língua oficial, irá reflectir soberbas pontes, o potencial e os desafios da cooperação em áreas como a Ciência, a Cultura, a Economia e a Política.

É o momento na verdade do Executivo liderado por João Lourenço de se regular e supervisionar, com rigor, os conteúdos dos órgãos de comunicação social ou o novo órgão do Estado – que também tem competência para sancionar os órgãos de comunicação social que violem a lei. Porque não foi criado a ERCA só para inglês ver.

Bem-haja

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