Activistas celebram dia da Paz apelando à “reconciliação sem exclusão”

Fonte: Radio Angola

Vários activistas angolanos organizam um encontro com objectivo de celebrar o dia da Paz, que se assinala amanhã, dia 4 de Abril, iniciativa que tem como lema “Reconciliação sem exclusão”, isto porque “nenhuma nação nasce a partir da intolerância e da recusa”.

Simultaneamente marcada para duas províncias, Luanda e Benguela, as principais praças políticas do país, Dago Nível, um dos organizadores, disse à Rádio Angola que o evento “tem um carácter informal, lúdico e inclusivo”, em que “se vai reflectir a paz que temos, a paz que queremos, e a paz que deveríamos ter, também reflectirmos em torno da intolerância e as vantagens que a paz deveria trazer para todos, pois, na verdade, não é paz”.

Programadas paras as 10H, na capital o encontro terá lugar no largo das Escolas, no 1.º de Maio, e em Benguela será no liceu kassanji. Dago fez questão de destacar que “a actividade não tem cariz política e muito menos se trata duma manifestação”, pelo que “estão convidados todas as pessoas sem distinção de extractos sociais”.

Quanto aos convidados, Dago avançou que organizações como partidos políticos e instituições religiosas foram convidados a estar presente no acto. Entretanto, até ao momento em que entrevistávamos o activista nenhuma organização acima salientada se pronunciou, em Luanda, enquanto em Benguela, tanto o MPLA, a CASA-CE, a FNLA, o PRS, as igrejas Católica e Simão Toco, e até a associação de zungueiras local já adiantaram que estarão presentes.

Aguarda-se também pela presença do governador de Luanda, Higino Carneiro, igualmente convidado, ou por alguém em representação do governo provincial. O comandante nacional da polícia, Ambrósio de Lemos, consta da lista de convidados. Foi também pedida a presença da Polícia Nacional para garantir a segurança no perímetro em que vai decorrer o evento.

Aparecer vestido de branco é o ideal para o momento simbólico, apelou Dago, pois representa a paz. “Compareçam em massa, não tenham medo de exercer cidadania porque Angola é nossa. E gostaria de enfatizar que não será uma manifestação, mas apenas uma actividade cívica e lúdica”, finalizou Dago Nível Intelecto, um dos presos políticos angolanos libertados no ano passado

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