Empresa Konda Marta desvaloriza comunicado da Polícia que nega envolvimento de Francisco Ribas na ocupação de terrenos
O director da empresa “Konda Marta”, Daniel Afonso Neto desvalorizou o comunicado do Comando-Geral da Polícia Nacional, que terá saído em defesa do seu comandante Francisco Monteiro Ribas da Silva, negando o seu envolvimento nos casos de ocupação de terrenos no município da Camama, em Luanda.
Falando em conferência de imprensa neste sábado, 20 de setembro, o PCA da “Konda Marta”, empresa que, por decisão do Tribunal da Comarca de Luanda (TCL), ganhou a restituição provisória da posse do terreno em disputa com supostas altas patentes da Polícia Nacional (PN) e das Forças Armadas Angolanas (FAA), disse que, o comunicado do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Comando Geral “visa dar cobertura aos crimes cometidos por Francisco Ribas, nas vestes de comandante em Luanda, contra à empresa e os camponeses”.
Num comunicado, o Comando Geral classificou as acusações como “infundadas, caluniosas e difamatórias”, assegurando que o Comandante-Geral não é proprietário de qualquer condomínio ou terreno em Luanda ou em outra província do país.
Segundo a nota noticiada pelo Club-K, os conteúdos divulgados visam “difamar a honra, o bom nome e a reputação” de Francisco Ribas da Silva e “desacreditar a imagem” da PNA junto da opinião pública, tendo acrescentado que “os autores das informações serão responsabilizados criminal e civilmente, nos termos da lei”.
Na sua reacção, o PCA da empresa “Konda Marta” argumentou que nunca houve interesse da parte da sua instituição “promover calúnia e difamação contra qualquer entidade deste país ou estrangeiros”, mas segundo Daniel Afonso Neto, a empresa e os camponeses têm denunciado publicamente o comportamento do Comandante-Geral.

O responsável lembrou que recentemente, a empresa “Konda Marta” dirigiu uma carta ao comissário chefe Francisco Monteiro Ribas da Silva, onde se denunciava o seu suposto envolvimento na ocupação de terrenos de camponeses.
“A mesma carta teve o decalque de várias instituições do Estado com realce para a PGR, IGAI, Provedoria de Justiça de Angola, director-geral do SIC e o Ministério do Interior”, disse.
Daniel Afonso Neto revelou que, estranhamente, “todos os quintais e condomínios construídos no perímetro foram erguidos pela força das armas controladas pela Polícia Nacional do Comando Provincial de Luanda sob a ordem de Francisco Ribas”.
“Ainda este mês a Polícia desrespeitou a ordem de um órgão de soberania – Tribunal da Comarca de Luanda – ao enviar um aparato policial para invadir, como sempre, um terreno restituído pelo Tribunal, conforme os vídeos e imagens da polícia orientada pelo Comando-Geral da Polícia Nacional”.

