Mauro Mendes abandona “bloco da solução” e junta-se ao PDP-ANA

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O líder da Comissão Instaladora do Partido Angolano de Jusnaturalismo e Democracia (PAJUD) foi empossado, recentemente, como coordenador-adjunto do Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), em cerimónia realizada numa das unidades hoteleiras de Luanda.

O acto foi orientado pelo presidente do PDP-ANA, Abreu Capitão, que em declarações à imprensa, classificou que o evento marca “um momento significativo para o mosaico político em Angola”.

Segundo o líder do partido fundado por Mfulupinga Lando Victor, assassinado em Julho de 2004, na sede do seu partido no Cassenda, em Luanda, por elementos até aqui não identificados, o acordo ora celebrado com a direcção da Comissão Instaladora do projecto político PAJUD, reveste-se de aspirações, que na sua visão, “buscam o fortalecimento e engrandecimento do partido PDP ANA em preparação para os próximos desafios figurando a maior concentração nas eleições de 2027 e 2032”.

Abreu Capitão fez saber que o seu partido desmembrou-se do Movimento de Unidade Nacional (MUN), por não ter reunido os requisitos no quadro da legalização pelo Tribunal Constitucional (TC), com vista à disputa nas Eleições Gerais, que devem acontecer em Agosto de 2027.

“Verificamos nos nossos canais que até agora a solicitação feita pelo PDP-ANA exige uma inscrição imediata no tribunal constitucional por ser um partido legal, qualquer instituição que queira andar connosco tem de estar tipificado e cumprir com as regras”, disse.

O presidente do PDP-ANA espera no entanto que o Movimento de Unidade Nacional (MUN), reúna as condições exigidas por lei para alinhar-se ao PDP-ANA, salientando que o MUN estaria  a recolher assinaturas para o PPA, “numa altura que nós tínhamos assinados um acordo que significa desistência total por parte do referido projecto político”.

Para o coordenador adjunto do PDP-ANA, Mauro Mendes, fruto do processo que tramita no Tribunal Constitucional (TC), sem um desfecho favorável, decidiu juntar-se à força política liderada por Abreu Capitão, para de forma conjunta, impulsionar a organização que se desmembrou da Coligação CASA-CE.

“Pensamos que teremos bons resultados com os objectivos que temos de alcançar o poder em 2027 e todos os dias trabalhando no mesmo nível vamos procurar galvanizar a juventude no sentido de demonstrá-los que estamos em perfeitas condições de representar os interesses da maioria”, disse.

Mauro Mendes, que também assumiu o cargo de porta-voz do PDP-ANA, assinalou que tem acompanhado as discussões das políticas públicas, de forma geral, e que não tem havido e nem tem ido de encontro com os interesses dos jovens.

“A população precisa de instituições que possam representar diante do Estado e nós estamos aqui para fazer””, sublinhou.

Afirmou que o Partido Angolano de Jusnaturalismo e Democracia (PAJUD), alia-se agora ao PDP-ANA porque o (Bloco da Solução), deixou de existir e vamos trabalhar com afinco. “Nós sabemos que quando se trata de aliança os interesses devem convergir e quando não acontecem cada uma faz o seu caminho”, sinalizou.

Críticas à governação do MPLA

Abreu Capitão manifestou o seu desalento com com a actual governação suportada pelo MPLA, no poder há 49 anos ininterruptos, para quem “basta olhar em vários pontos da cidade de Luanda, muitos angolanos a comerem nos contentores de lixo, cenários que nunca foi a nossa cultura”.

“Por esta razão é que pedimos ao Presidente da República, que dê mais uma oportunidade para aqueles angolanos que devastaram o erário com realce a empresária Isabel dos Santos com forma de voltarem e estabilizar a nossa economia”, afirmou.

O responsável do PDP-ANA alertou ao Chefe de Estado, “que nos escute, não queremos mais ouvir angolanos a morrerem de fome e também já acompanhamos de perto alguns dirigentes nossos a dizerem que a fome é relativa, para nós, não é”, referiu.

Adiantou que, nos próximos dias, poderá endereçar uma carta ao Titular do Poder Executivo, João Lourenço, onde segundo Abreu Capitão, “vai expor várias preocupações e agendar uma marcha para o dia 13 de Dezembro contra os problemas sociais que afectam os angolanos”.

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